D. L. Moody
D. L. Moody cresceu em Northfield, Massachusetts, filho de Edwin e Betsey. Viria a ser uma das mais proeminentes figuras religiosas no cenário nacional e internacional do século 19. De 1854 a 1856, vendeu sapatos em uma loja de Boston, que pertencia a seu tio Samuel. Ele exigia que Moody frequentasse a escola dominical. Por meio da influência de seu professor, Edward Kimball, Moody “aceitou a Cristo” (Ahlstrom, Religious History, p. 743).
Em 1856, mudou-se para Chicago, na esperança de fazer fortuna vendendo sapatos. Passou a frequentar a Igreja Congregacional de Plymouth e, a cada domingo, enchia quatro bancos com pessoas das ruas e pensões. Posteriormente, assumiu a liderança de uma escola dominical missionária afastada e logo reuniu 1.500 membros. Muitos deles eram meninos de rua e andarilhos tirados das ruas, sarjetas e porões de Chicago.
Desse esforço nasceu, em 1863, a Igreja da Rua Illinois (que mudou de nome para Igreja de Moody após a morte do evangelista). Sua congregação não denominacional atraiu o apoio de amigos abastados, como Cyrus McCormick, inventor que fundou a McCormick Harvesting Machine Company, empresa fabricante de máquinas colheitadeiras. Após a guerra civil, Moody se tornou presidente do YMCA de Chicago. Ele usou essa posição como instrumento de evangelismo, alcançando mais de seiscentas famílias em um único ano.
Entre 1867 e 1872, acontecimentos decisivos mudaram a direção da vida de Moody. Por meio da influência de um pregador dos Irmãos de Plymouth, Moody descobriu o amor de Deus pelos pecadores, um conceito do qual ele até então estranhamente carecia. Em 1870, Ira David Sankey (1840–1908) passou a acompanhá-lo como cantor em suas iniciativas evangelísticas.
Em 1871, enquanto estava em Nova York, Moody passou por um aprofundamento espiritual que alimentou sua “paixão pelas almas” (Ahlstrom, Religious History, p. 744). Em 1872, enquanto se encontrava na Inglaterra para representar a YMCA, Moody foi o orador convidado em um púlpito de Londres. Quatrocentos interessados atenderam ao apelo, evento que selou seu futuro como reavivador em campanhas.
A primeira grande campanha de Moody ocorreu na Grã-Bretanha, entre 1873 e 1875; ele alcançou de 3 a 4 milhões de pessoas. Então as campanhas foram para os Estados Unidos: para o Brooklyn, em um auditório para cinco mil pessoas, Filadélfia, Nova York, St. Louis e cidades da costa do Pacífico. Moody pregou seu último sermão em Kansas City, em 16 de novembro de 1899. Após adoecer, voltou para casa em Northfield, Massachusetts, onde, cercado por familiares, morreu em 22 de dezembro do mesmo ano.
Somando milhões de ouvintes e milhares de convertidos, Moody obteve êxito em “conciliar as cidades com a religião dos tempos antigos” (Weisberger). Embora tivesse escassa educação formal, liderou a criação de escolas para rapazes e moças; os pobres e as minorias foram os principais beneficiados. Ele foi a principal inspiração para o Movimento Voluntário de Estudantes. Hoje, o Instituto Bíblico Moody é resultado do patronato de Moody à Sociedade Evangelizadora de Chicago, iniciado em 1886.
Daniel Nash — Características do Ministério de Oração
O avivamento mais conhecido neste período do ministério de Finney foi em Rochester, Nova York. Mais de 100.000 pessoas se converteram durante aquelas reuniões em 1830. Nash e Clarey foram juntos, e convocaram outros para batalharem juntos em oração. Os dois eram muito semelhantes em sua forma de oração. Tinham tanto fervor, e tanta agonia de alma, que resultava em cenas muito raras nos dias atuais. Nossas orações calmas alcançam poucos resultados, mas também nos custam tão pouco…
Finney escreveu a respeito deles: “Nunca vi alguém suar sangue, mas conheci uma pessoa que orava, às vezes até sangrar pelo nariz. E conheci pessoas que oravam até molharem a camisa de suor, nas temperaturas mais frias do inverno. Tenho visto pessoas orando por horas, até à exaustão, por causa da agonia das suas mentes. Tais orações prevalecem com Deus. Esta agonia na oração acontecia também nos avivamentos de Jonathan Edwards.”
Existem vários relatos da oração exercitada por estes dois homens durante o avivamento de Rochester. Alguns citam Nash, outros Clarey, outros os dois. Pelo que se pode apurar, ficaram juntos em oração e jejum grande parte do tempo, chorando e clamando a Deus. Às vezes ficavam prostrados, sem forças para ficar em pé. Sua preocupação com os pecadores trazia grande pressão às suas mentes e corações. Gemiam sob a carga, arriscavam a saúde, abriam mão de confortos, tudo para que a batalha nas regiões celestiais pudesse ser ganha. Por vezes, contorciam-se e gemiam em agonia por causa das almas perdidas.
Deus honrou a posição deles, e enviou avivamento. Oravam em particular, e Deus respondia publicamente. Praticamente todo o mundo na cidade se converteu. O único teatro da cidade foi transformado em estábulo, o circo em fábrica, e os bares e tavernas eram fechados.
Hoje nos recusamos a lutar com Deus desta forma, e conseqüentemente não devemos nos surpreender diante da falta do poderoso mover do seu Espírito. Não é impressionante que não temos problema com pessoas que se desgastam nos esportes por prazer, que trabalham por dinheiro, que se entregam à política para conseguir poder, ou que se dedicam a programas de caridade, mas achamos que é fanático orar desta forma em favor das almas perdidas? Podemos até morrer pela liberdade da nossa pátria, mas nunca em favor do progresso do Reino de Deus. É algum motivo de espanto testemunharmos tão pouco dos grandes feitos de Deus em nossos dias?
Nash orava até ficar de cama, totalmente debilitado e doente, por causa da pressão espiritual que sentia. O mundo não teria problema com tal dedicação, se não fosse em favor das almas perdidas. Por que a Igreja também a considera como algo tão estranho?
Novamente a respeito das orações de Nash, Finney escreveu: “Muitas vezes ele entrava em agonia, antes do pregador subir no púlpito, com receio de que sua mente estivesse anuviada, ou seu coração frio, ou que ele não tivesse unção – e assim viéssemos a perder a bênção do Senhor. Ele orava até receber convicção interior de que Deus estaria comigo na pregação. Às vezes orava até ficar doente. Vi ocasiões em que ele ficava embaixo de trevas por um tempo, enquanto o povo estava chegando. Sua mente ficava cheia de ansiedade, e saía então para orar, uma vez, duas vezes, ou mais, até que finalmente voltava para a congregação com o rosto em paz, e dizia: ‘O Senhor veio, e estará conosco’. Nunca vi um caso em que ele estivesse errado.”
Poucas Palavras
Certa vez perguntaram a Finney que tipo de pessoa era este Nash. “Nunca o vemos”, diziam. “Ele não participa das reuniões.”
Ao que Finney respondeu: “Como qualquer pessoa que ora muito, o irmão Nash é uma pessoa muito quieta. Mostre-me alguém que fala muito, e lhe mostrarei um cristão que ora muito pouco.”
A maior parte da oração, para quem deseja ser usado assim, precisa ser em particular. É preciso buscar, não os olhos ou os ouvidos humanos, mas o ouvido de Deus. É preciso buscar um canto sozinho com Deus.
Mas, embora orasse em particular, muitas vezes Nash orava com tanto fervor que outros o ouviam. Não era intencional, mas acontecia por causa da grande carga que sentia na sua alma. Os inimigos diziam que era impossível ele orar em secreto, pois orava com tal veemência que se podia ouvi-lo a mais de um quilômetro de distância. Embora isto provavelmente não fosse tão comum, um testemunho interessante mostra que realmente podia acontecer. Em uma das campanhas, Nash levantou muito cedo e foi para uma mata orar. Era uma manhã clara, de ar límpido, daquelas em que se pode ouvir sons a uma grande distância. A um quilômetro de distância um homem não convertido parou de repente ao ouvir o som da oração. Percebendo que era a voz de Nash, o Espírito Santo operou na sua vida, e ele sentiu convicção como nunca antes experimentara, e não achou alívio enquanto não acertou sua vida com Deus.
Objetividade
Muitas pessoas usam listas sistemáticas de pessoas e motivos de oração. Ser metódico e perseverante ajuda a ser mais eficaz, e também a registrar as respostas para poder oferecer louvor e agradecimento a Deus.
Nash usava este método. Ele tinha uma lista de pessoas por quem orava diariamente. As respostas a estas orações se tornam mais notáveis ainda quando se descobre que ele não colocava nomes de pessoas que já seriam prováveis candidatos à conversão, mas geralmente pessoas que eram mais obstinadas e resistentes.
Uma das questões mais importantes sobre se elaborar uma lista de oração é conhecer a vontade de Deus sobre quem deve ser colocado na lista. Ir por aparências é andar por vista e não pela fé. Para se ter uma base firme para crer em Deus pela salvação de alguém requer direção sobre quem ele quer na lista.
Finney escreve: “A verdade clara do assunto é que o Espírito leva a pessoa a orar. Se Deus leva alguém a orar, a conclusão pela Bíblia é que Deus tem um propósito de salvar aquele indivíduo. Se descobrirmos, por comparar nosso estado de mente com a Bíblia, que fomos guiados pelo Espírito a orar por alguém, temos boa evidência para crer que Deus está preparado para abençoá-lo.”
Finney contou um exemplo de como Deus operou em resposta à oração de Nash. Havia um homem chamado Sr. D. numa das cidades onde Finney estava pregando. Este homem era muito violento, e um perseguidor declarado do evangelho. Ele tinha uma taverna naquela cidade, e seu prazer era de praguejar e usar linguagem suja sempre que houvesse cristãos por perto. Ele fazia todo o possível para ferir e embaraçar os cristãos. A casa dele era um ponto de encontro para as pessoas que se opunham ao evangelho.
O irmão Nash ouviu as pessoas da cidade falando a respeito do Sr. D. como um caso muito difícil, e de como um novo convertido que morava perto dele queria vender sua casa, tamanha era a perseguição que sofria. Nash ficou profundamente entristecido e angustiado em favor do Sr. D., e colocou seu nome na sua lista de oração. Este caso passou a pesar na mente de Nash quando estava acordado, e quando estava dormindo. Pensava continuamente sobre este homem ímpio, e orou vários dias em favor dele. Desta forma, o próprio Espírito guia os cristãos a orar por pessoas ou questões que normalmente não chamariam sua atenção, e assim oram de acordo com a vontade de Deus.
“Poucos dias depois”, contou Finney, “estávamos numa reunião à noite, com a casa lotada, e quem entra pela porta, senão o famoso Sr. D.? A presença dele causou considerável agitação na congregação, pois as pessoas temiam que fosse criar confusão ali. O temor e o aborrecimento em relação a ele eram muito grandes por parte de todos. Tanto foi, que depois que ele entrou, alguns já se levantaram e saíram.
“Fiquei observando-o atentamente, e logo percebi que ele não viera para criar tumulto, pois estava em grande angústia de mente. Sentou-se, mas se contorcia no seu lugar, e não conseguia ficar em paz.
“Em pouco tempo, levantou-se e, tremendo, perguntou se podia falar algumas palavras. Dei-lhe permissão, e em seguida, aquele homem fez uma das confissões mais sinceras que já ouvi. Sua confissão incluiu tudo, de como tratava Deus, os outros cristãos, o avivamento, e tudo que tinha boa fama.
“Isto ajudou a ‘lavrar muita terra dura’ nos corações daquele lugar. Era o meio mais forte que Deus poderia ter usado, naquela ocasião, para dar ímpeto à sua obra. O Sr. D. confessou abertamente sua fé no Senhor, abandonou bebida e profanidade, e enquanto permaneci naquele lugar sempre havia reuniões de oração no seu bar.”
Concentração no Foco
Oração forte precisa ser oração eficaz. Precisa haver um resultado definido. O efeito deve ser definido e claro para aquele que está orando. Este efeito encherá a mente do intercessor, e será um foco claro de pensamento, preocupação e oração. Orar de forma dispersa em várias direções tem pouco valor. Uma lista é um ponto de partida neste sentido, no entanto, os itens na lista precisam ser focalizados um por um, se quisermos ver resultados.
Tal oração requer um esforço definido para direcionar no alvo certo com verdadeiro envolvimento da alma. Partir de um genuíno peso de oração e alcançar fé sólida geralmente envolve passar pelo caminho de agonia da alma. Temos uma tendência muito grande de desistir por fatalismo, falta de verdadeiro interesse, ou transferência de responsabilidade para os perdidos. Pode ser necessário lutar em oração para alcançar a bênção desejada. Isto está num plano muito superior ao plano físico. Estas lutas na alma e no espírito podem produzir muito mais que exaustão no físico. Porém, a agonia do corpo é apenas o resultado de tal oração, não uma parte integral. Alguns querem imitar esta luta da alma através de manifestações físicas. Isto pode enganar o homem, mas tal hipocrisia não trará resultado algum das cortes celestiais.
Últimos Dias do Guerreiro
Nash acreditava que tinha uma responsabilidade pelo destino das almas. Sentia que Deus entregou grandes ferramentas em nossas mãos, e o uso ou desuso destas ferramentas era assunto sério, pelo qual teríamos de prestar contas a Deus. Seu ministério de oração tinha esta premissa básica.
As últimas palavras que temos registradas de Nash estão numa carta, onde ele diz: “Depois que você esteve aqui, tenho pensado na oração, especialmente em orar pela descida do Espírito Santo. Parece-me que tenho sempre limitado a Deus neste sentido. Nunca senti antes que eu pudesse pedir racionalmente para que o Espírito descesse de forma mais completa; não só sobre indivíduos, mas sobre todo um povo, região, país e no mundo. No sábado, me propus a fazer exatamente isto, e o diabo ficou muito bravo comigo. Estou convencido agora que é meu dever e privilégio, junto com todos os cristãos, orar para que o Espírito venha, como no dia de Pentecoste, e em maior poder ainda. Não sei por que não podemos pedir que o Espírito venha em plenitude, na sua totalidade, e por que se pedirmos em fé, não podemos ver a resposta. Acho que nunca pedi tão livremente que o Espírito viesse sobre toda a humanidade. Meu corpo está em dor, mas estou feliz com Deus. Tenho sentido vontade de orar para que eu pudesse ser tomado pelo Espírito Santo, morrer no processo, e ir para o céu desta forma; mas Deus sabe.”
De acordo com Charles Finney, os últimos dias de Nash foram passados em oração. Ele dizia que estava morrendo por falta de forças para orar. O corpo estava esmagado, ele sentia o peso do mundo, mas como podia deixar de orar! Ele tomava o mapa do mundo, e orava, olhando para os diferentes países. Expirou no próprio quarto, orando, no dia 20 de dezembro, de 1831, com 56 anos. Verdadeiramente, era um príncipe que prevaleceu com Deus em oração!
Será que Deus encontrará pessoas na nossa geração para se entregar a ele desta forma?
Charles Finney
Um Verdadeiro Avivalista – Charles Finney
“Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. “Mateus 7.7 (NVI)
Charles Finney, nasceu na cidade de Warren, em Connecticut, em 29 de agosto de1792, dois anos depois, sua família mudou-se para a cidade de Hanover, em Nova Iorque, Estados Unidos da América. Era o mais jovem dos quinze filhos de um típico casal de fazendeiros. Seus pais não eram convertidos ao Evangelho, e a única imagem religiosa que tinha na adolescência era a de uma igreja conservadora e fria. De uma estatura física avantajada, um porte físico de atleta e uma eloquência natural, o colocaram como estudante de direito, tornando-se um proeminente advogado.
Enquanto isso, sua relação com a orientação religiosa, não passava de um mero frequentador. Mas com a idade de vinte e nove anos, no seu cotidiano profissional, estudava o Livro dos Livros, à Bíblia, que era fonte para os autores dos seus livros de direito. Isto o impactava a absorver mais de seu tempo, tão escasso pelas suas contendas jurídicas, em busca de uma razão maior para a sua vida. Da mesma forma, que se dedicava a sua profissão, começou a se dedicar ao estudo das Escrituras e ao envolvimento com sua comunidade de fé. E um certo momento, separou dois dias da semana para se aprofundar sobre a salvação da sua alma e a paz com Deus. No término desses dias, quando voltava a seu gabinete, para os afazeres do seu dia a dia, teve o impulso de entrar em uma floresta, para conversar com Deus, teve a sua intrepidez acolhida, e o seu coração cheio e repleto do poder do Espírito Santo e o seu questionamento para sua salvação, respondida por Deus.
Portanto, com esse encontro, transformou o seu modo de agir e vivenciar o Evangelho, com o poder do Espírito Santo. Se entregando na simplicidade, para ele, da Bíblia, explicito em sua autobiografia, como no texto de Mateus 7. 7: “Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta.” Iniciou sua vida pastoral e de pregador. Suas reuniões de reavivamento em todas as cidades que fazia suas preleções, onde advogados, médicos e homens de negócios se arrependiam de seus pecados e se entregavam a Jesus com lágrimas.
Por exemplo, conta-se que na cidade de Rochester, “o lugar foi estremecido até as suas fundações”, e cerca de 1.200 pessoas converteram-se a Cristo. Outra história sobre o avivamento derramado pelo Espírito Santo, foi que na cidade de Governeur, no estado de New York, sessou os bailes e representações teatrais durante quase seis anos, após as pregações de Finney, pelo então chamado o apóstolo do avivamento. Há uma estimativa de que, por volta de 500 mil pessoas aceitaram ao Senhor Jesus, direta e indiretamente pelas pregações de Charles Finney.
Em conclusão, Finney deixou um legado como evangelizador popular, envolvendo-se com causas e discriminações sociais, como o movimento abolicionista e a permissão de manifestação de mulheres nos cultos. Foi professor de teologia e reitor do Oberlin College, no período de 1851 a 1866, onde se formaram mais de 20 mil jovens direcionados e vocacionados para Evangelho, repercutindo na conversão, todas as semanas, de 50 mil pessoas a Deus. Os periódicos de New York, em sua maioria, só relatavam fatos e notícias sobre o avivamento. Escreveu 17 livros, quatro deles impresso até hoje, sendo o seu principal expoente, Teologia Sistemática. Vindo a falecer em 1875. Mas o seu maior legado foi o de participar do Avivamento pelo poder do Espírito Santo.
Ore: Pai Amado, Pai Querido, que eu possa me arrepender verdadeiramente dos meus caminhos tortuosos, e venha sentir a Sua Presença, em busca do Seu Avivamento. Eu oro em o nome de Jesus. Amém.
GEORGE MULLER
George Muller foi um pastor e missionário inglês, que nasceu em 27 de março de 1805 em Bristol, Inglaterra. Tornou-se um homem notável pela dedicação que exercia com crianças desamparadas, construindo orfanatos para abrigá-las, sem nenhum recurso próprio, confiando apenas na provisão divina para proporcionar a elas, roupas, comida e uma boa educação.
Muitos anos antes da sua morte, esse admirável pregador afirmou já que tinha recebido mais de 5 mil vezes a resposta de uma oração feita a Deus, sempre no mesmo dia em que fazia o pedido.
Ao vislumbrar a trajetória deste homem, pode-se facilmente supor que ele aprendeu desde cedo o caminho que deveria seguir. Mas não foi sempre assim. Seus pais não eram cristãos. Sem nenhum conhecimento profundo acerca de Deus, George teve uma juventude conturbada, com vícios e envolvimento com atividades ilegais. Por conta desse comportamento, Muller foi preso ainda na adolescência.
Com o objetivo de proporcionar ao filho uma vida financeiramente estável, o pai de George o enviou para a Universidade de Halle, para se tornar um pregador. No período, a formação religiosa era ensinada em universidades renomadas e vista por muitos como atividade profissional.
Muller só não imaginava que os planos de Deus para ele eram bem maiores. Durante o seu período de estudos, ele foi convidado para uma reunião de oração e estudo da bíblia, e ficou atordoado com o que viu e sentiu. Ele nunca tinha experimentado a presença do Espírito Santo e nem visto a devoção de verdadeiros cristãos. Desde então, sofreu uma revolução em seu interior, passando a buscar o Senhor intensamente, por meio de períodos de oração e leitura bíblica.
Segundo Muller, desde o primeiro dia que ele entrou em seu quarto para orar, aprendeu mais sobre Deus do que nos vários meses de estudo, e ainda recebeu força para a sua alma. Leu a bíblia inteira cerca de 200 vezes durante a sua vida, 100 delas foi de joelhos.
Instruído pelo Espírito Santo, ele e sua esposa, Mary Groves, começaram um albergue em sua própria casa, inicialmente com cerca de quarenta meninas. Porém o trabalho cresceu e cinco lares foram inaugurados, atendendo ao longo dos anos, cerca de 20 mil crianças.
Contrariando suas primeiras intenções, após conhecer a verdade de Cristo, George renunciou seu salário mensal de pastor, afirmando que o homem não deve confiar na estabilidade financeira, apenas em Deus. A partir desse princípio, ele vivenciou inúmeras experiências com o poder sobrenatural de Deus. Constantemente, quando faltava dinheiro para o aluguel dos orfanatos, ou para a alimentação diária, ele entrava no seu quarto e orava, até que recebesse o milagre, o que sempre acontecia!
Uma das experiências de destaque vivenciadas por ele foi a respeito de uma oração que fez com um amigo, durante uma noite, pedindo ao Senhor mantimento para os orfanatos, pois não havia mais o que comer. Pela manhã receberam doações de alimentos em abundância, alimentando os 2 mil órfãos por um mês.
Após muitos anos dedicando-se apenas aos orfanatos e ao serviço pastoral, aos 69 anos, começou a fazer viagens missionárias. Pregou, incansavelmente, para mais de 3 milhões de pessoas de 42 países. George Muller faleceu em 10 de março de 1898, aos 93 anos, deixando um legado de fé e compromisso com a causa de Cristo, mostrando com sua vida, que Deus não desampara os seus, pois o “justo viverá pela fé”.
William Booth
foi um pregador inglês e humanitário que fundou o Exército de Salvação
William Booth foi um pregador e humanitário inglês que fundou o Exército de Salvação, um grupo cristão que inspirou as pessoas a voltarem à crença religiosa para seu aperfeiçoamento. Respeitosamente intitulado “O Profeta dos Pobres”, ele nasceu na pobreza e passou a vida inteira trabalhando para aqueles que lutam contra a pobreza. Vendo o propósito de sua vida apenas para salvar o maior número possível de pessoas, ele ofereceu maneiras de mitigar os males da pobreza, como caridade, educação, treinamento e, o mais importante, salvar almas. O movimento fundado por ele se espalhou para outras partes do mundo e oferece grande ajuda humanitária a pessoas de todo o mundo.
Áries Homens
Primeira infância
William Booth nasceu em 10 de abril de 1829 em Sneinton, Nottingham, Inglaterra, filho de Samuel e Mary Moss Booth. Seus pais tiveram cinco filhos, sendo William o único filho. Seu pai era um empreiteiro de sucesso, mas enfrentou uma desaceleração em 1842 e as atrocidades da pobreza afetaram intensamente a família. A família do estande teve que desistir de suas despesas e a educação de William era uma delas. Estando fora da escola, William foi obrigado a trabalhar com um penhor aos 13 anos apenas durante o qual ele se converteu ao Metodismo (que dá mais ênfase à pregação para promover a devoção do que contra a devoção cerimonial).
A leitura e o treinamento intensivos de outros pregadores aprimoraram ainda mais suas habilidades de oratória e escrita, ajudando-o a se tornar um pregador leigo metodista. Com quinze anos, Booth começou a pregar nas ruas em nome de uma capela metodista.
Carreira
Seu amigo íntimo Will Sansom o influenciou a se tornar um evangelista. A dupla iniciou o Ministério da Missão através do qual eles pregaram em Nottingham, especialmente para os oprimidos e pecadores na década de 1840. Sob o Ministério da Missão, ele e seus companheiros se reuniram em cabanas à noite, cantaram canções e visitaram os doentes e sofredores.Infelizmente, eles não puderam continuar por mais tempo devido ao desaparecimento de Sansom em 1849. A falta de trabalho o levou a Londres, onde começou a trabalhar com um penhorista e tentou estabelecer uma pregação lá. A escassez de trabalho o incomodou e ele acabou renunciando.
William Booth se associou aos reformadores através da Igreja Metodista de Reforma em 1851. No ano seguinte, ele parou de fazer penhor e começou a pregar o tempo todo na Binfield Chapel, em Clapham. Dizia-se que sua pregação era altamente influenciada por James Caughey, que fazia visitas de pregação à igreja em Nottingham enquanto William estava na Inglaterra.
Sua inclinação para as congregações foi apoiada por David Thomas, John Campbell e James William Massie. Embora ele tenha começado a treinar com o Rev. John Frost para o ministério, deixou o mesmo, pois isso não o impressionou muito. Em novembro de 1853, ele se tornou o ministro do reformador em Spalding, em Lincolnshire, mas teve que eventualmente renunciar à medida que as campanhas evangelísticas eram negligenciadas por seus compromissos com o ministério. Em 1861, quando seu pedido de libertação por evangelismo em tempo integral foi recusado, Booth renunciou ao ministério da Nova Conexão Metodista.
Após sua demissão, ele se tornou um evangelista independente pregando sobre assuntos de repreensão eterna, Evangelho de Jesus Cristo e similares.
Em 1865, enquanto pregava as multidões nas ruas, ele foi convidado por alguns missionários a liderar uma série de reuniões que eles estavam realizando em uma grande tenda. Depois disso, ele foi convidado em vários lugares para pregar.
Após sua popularidade e aceitação pelas pessoas, ele, juntamente com sua esposa Catherine, iniciou a ‘Sociedade Cristã de Avivamento’ (mais tarde renomeada como A Missão Cristã), na qual eram realizadas reuniões e William pregava sobre tópicos como arrependimento e salvação que são os oprimidos e pecadores ao aceitar Jesus Cristo.
Apesar de várias dificuldades, William continuou seu trabalho de ajudar os pobres e necessitados, distribuindo alimentos e roupas. Enfrentando críticas da população local por sua evangelização, ele ainda continuou em um estado fatigado e devastado depois de ter sido vítima do ultraje de ouriço.
Os primeiros convertidos de Booth ao cristianismo consistiram em ladrões, prostitutas, jogadores e bêbados que não foram aceitos pelas igrejas por suas más ações. A motivação de Booth para que essas pessoas pregassem o poder do Todo-Poderoso ajudou a diminuir o sofrimento de outras pessoas.
A missão cristã de Booth tornou-se uma das cerca de 500 organizações de caridade e religiosas que tentavam ajudar os pobres e necessitados no East End de Londres.
William acreditava ser um soldado a serviço de Deus e não um voluntário como muitos acreditavam. Diante disso, ele mudou o nome da ‘Christian Revival Society’ para ‘the Salvation Army’ em 1878.
“O Exército da Salvação” foi modelado após os militares. William foi abordado como o “general”, enquanto outros eram “oficiais”.
A criação e a administração do Exército de Salvação levaram a organização a grandes alturas, tanto que sua presença se tornou global. A liderança de Booth também era louvável. Ele viajou extensivamente para espalhar caridade para mais de 58 países ao redor do mundo.
Seu livro “In Darkest England and the Way Out” (publicado em 1890) concentrava-se principalmente no bem-estar social, baseado em princípios evangélicos inspirados no cristianismo.
Prêmios e Conquistas
Um poema, “General William Booth entra no céu”, foi escrito por Vachel Lindsay em homenagem a William Booth, que mais tarde foi sintonizado na música por Charles Ives.
Uma locomotiva a diesel, ‘William Booth’ na frota da British Rail recebeu o nome de William Booth em 1990.
Booth tornou-se o Freeman da cidade de Londres em 1906 e foi homenageado com um diploma honorário da Universidade de Oxford.
A Agriculture and Agro-Food Canada desenvolveu o William Booth Rose em sua homenagem.
A faculdade para treinamento de oficiais do Exército de Salvação no Reino Unido, a William Booth Memorial Training College na Dinamarca, uma escola primária, a William Booth Primary School em Nottingham e até uma pista no centro de Birmingham, todos levam esse nome como uma honra.
As estátuas de William e Catherine Booth de George Edward Wade foram estabelecidas ao lado da faculdade de treinamento do Exército de Salvação em Londres, em Champion Hill, em 1929. Vida pessoal e legado
William se casou com Catherine Mumford em 16 de junho de 1856 na Stockwell Green Congregational Church em Londres. O casal teve oito filhos.
Ele foi diagnosticado com cegueira nos dois olhos em 1899, mas isso não impediu seu trabalho. Durante uma de suas últimas viagens aos Estados Unidos, ele foi declarado cego do olho direito, que acabou sendo removido e o olho esquerdo também sofreu de catarata.
O general Booth faleceu aos 83 anos de idade em 20 de agosto de 1912 em Londres, Inglaterra. Como sinal de respeito, cerca de 150.000 pessoas foram vistas pelo caixão e cerca de 40.000 pessoas, incluindo a rainha Mary, compareceram ao seu enterro.
Ele foi cremado ao lado de sua esposa no cemitério Abney Park, em Stoke Newington.
O Exército da Salvação continuou a crescer mesmo depois de sua morte, sobre o sólido fundamento estabelecido por ele. Seu filho, Bramwell Booth, assumiu o cargo após a morte de William Booth.
O Exército da Salvação também enfrentou muitas críticas por ser “Anti-Cristo”. Booth foi acusado de dominador e um mestre de tarefas difíceis, resultando em muitas denúncias.
Ele também acreditava estar construindo seu próprio negócio de família fora do Exército da Salvação, promovendo seus filhos em cargos mais altos.
Aimee Semple McPherson
Pregadora, missionária e fundadora
A história da irmã Aimee Semple McPherson na era dos escândalos
A primeira vez que vi Aimee Semple McPherson foi em um marca pagina no meio da Bíblia do meu avô, a conheci como fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular, que frequentei por mais ou menos 16 anos da minha vida. Em todos esses anos, soube apenas de algumas histórias da sua vida, apesar de saber queela tinha feito grandes coisas, não era de costume geral ficar estudando a sua vida, esse é costume das pessoas que fazem o ITQ (Instituto Teológico Quadrangular). Ela é lembrada, algumas vezes, em dias de aniversários da Igreja e também em algumas poucas pregações quando alguém queria contar algum relato seu. Lembro quando descobri que em outras igrejas não era permitido que mulheres fossem pastoras, foi um fato que me deixou emocionalmente abalada por algum tempo. Hoje em dia não frequento mais a igreja, mas ainda tenho como lugar onde conheci o evangelho.
Quando fui convidada a escrever esse texto comecei a pesquisar mais sobre detalhes da vida de Aimée, consegui organizar as informações que eu já sabia e conheci mais sobre seus passos. Sua história é contada com riqueza de detalhes e trazendo a tona seus erros, existem inclusive diversos blogs que relatam os possíveis os escândalos de Aimee. E sim, foi muito difícil escrevê-lo, fiz questão de colocar os rumores da sua vida no texto para sabermos o quão falho o ser humano pode ser, pois não sabemos o que a levou a realizar tais coisas, mas posso afirmar que ela não foi a única.
Aimee Semple McPherson, através de suas experiências pessoais, trouxe grande impacto para o mundo evangélico, deu início a um movimento de tendas itinerantes, nas quais ministrava a cura divina, o que mais tarde originou a “Igreja do Evangelho Quadrangular”. Sendo a primeira fundadora mulher de uma Igreja e denominação, considerada “a mais proeminente líder feminina que o pentecostalismo já produziu” segundo o livro The Dictionary of Pentecostal and Charismatic.
Acredite, a vida dela foi em tudo muito movimentada, desde a sua infância até sua morte, nem todos os detalhes de sua vida foram relatados aqui, mas nas referências, vocês podem encontrar outros lugares com mais detalhes sobre.
INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Sua história começa em Ontário, no Canadá, nasceu em outubro de 1890, filha de um casal de origem Metodista e do Exército de Salvação, Aimee Elizabeth Kennedy teve de sua mãe Minnie Kennedy, seus primeiros ensinamentos pela Palavra de Deus. Sua brincadeira favorita era juntar colegas e “dar sermões” como no Exército de Salvação.
Apesar de sua infância pacífica, foi na sua adolescência que seus aborrecimentos e questionamentos começaram. Ela era apaixonada por artes, música e teatro se envolvendo muito nesses departamentos da escola e segundo textos sobre a sua vida, isso a distanciou cada vez mais de Deus e dos ensinamentos que teve quando criança.
No ensino médio foi apresentada a “Teoria da Evolução” de Darwin, o que a fez questionar a sua fé e discutir com pastores locais sobre as divergências entre a teoria do naturalista e as histórias bíblicas sobre a criação do universo. Nada satisfeita na busca por respostas e com seus sentimentos e convicções cada vez mais abalados, decidiu uma noite conversar com Deus e fez a Ele um pedido de revelação, para que então suas dúvidas fossem cessadas.
Um dia depois do ocorrido, Aimee caminhava com seu pai e avistou um “Seminário de Avivamento” onde o “Irmão” Robert Semple estava ministrando. Naquela noite, Aime e ouviu as palavras do pregador com atenção e três dias depois levantou suas mãos e se rendeu a palavra, pedindo a Deus que conduzisse sua vida. Aos 17 anos, em sua primeira experiência pentecostal, encontra a resolução das suas crises espirituais, larga tudo o que ousou a fazer duvidar de Deus e resolve se dedicar a estudar a Bíblia e a orar todos os dias buscando ao Senhor da sua vida.
CASAMENTO, GRAVIDEZ E PRIMEIRA VIAGEM
MISSIONÁRIA
Meses após o ocorrido, por plano de Deus, ou ironia, Aimee se torna uma Semple, se casando com o evangelista em agosto de 1908, que conheceu em sua noite de conversão. Nos seus primeiros meses de matrimônio fazia tarefas domésticas, tocava piano e orava com alguns convertidos. Segundo ela, Robert era seu parceiro da fé pentecostal, seu “Seminário Teológico”, seu mentor espiritual, seu marido terno, paciente e bondoso.
Apesar de em apenas um ano ter mudado de uma quase ateísta, para alguém com o coração rendido a Deus e ser casada com um evangelista, sua vida se transformaria a partir da decisão de seu marido, que disse a ela: “Partimos para China em seis semanas”. Tiveram que juntar doações e com elas conseguiram ainda visitar a família de Aimee no Canadá e a família de Semple na Irlanda, onde descobriram que ela estava esperando um bebê. Antes de partir definitivamente para a China eles visitam a Inglaterra, onde conseguiriam mais doações, e lá pela primeira vez Aimee faz uma pregação, para aproximadamente 15 mil pessoas.
Os planos seguiram como o planejado e eles embarcaram para a China, onde passaram alguns meses em evangelizações com desejo de conseguir almas para Jesus, com os desafios de uma nova língua e cultura, acreditavam no poder de Deus para suprir todas essas barreiras.
Aimee teve diversas dificuldades em lidar com os costumes daquele povo, o que a deixou com sentimentos profundamente inquietantes, pois uma garota que cresceu em uma outra realidade, não sabia o que ela poderia encontrar em outro país. Com as situações precárias de alimentação e saneamento básico, ela e seu marido contraíram Malária. Em um mês Robert Semple falece, deixando Aimee grávida de 8 meses, sem dinheiro e sozinha.
VOLTA PARA AMÉRICA E SEU SEGUNDO
CASAMENTO
Aimee então retorna a América, indo para Nova Iorque, onde sua mãe consegue um emprego para ela coletando doações para o “Exército de Salvação”. Entre indas e vindas, conheceu Harold McPherson, um homem que trabalhava em um restaurante, que ofereceu um casamento e um lar em Rhode Island para ela e sua pequena filha. Sabendo de suas condições precárias, não exitou em aceitar.
Algum tempo depois teve seu segundo filho, um menino. Então passou seus dias cuidando dos filhos e da casa, mas essa vida pacata trouxe diversas lutas internas, pois entendia que tinha um chamado para fazer algo especial para Deus. Começou a ficar extremamente deprimida, tendo aparentemente constantes ataques de nervos e de histeria. Teve uma crise de apendicite, que a fez ir para o hospital e realizar diversas cirurgias. Em seus relatos ela diz que a escuridão do hospital trouxe ainda mais momentos tristes e sombrios que tiravam dela a luz da sua vida e escutou uma voz que dizia: “E agora? Você irá?”, então percebeu que precisava retornar ao seu ministério, aceitando o desafio. Em quinze dias melhorou de todos os seus males.
Com suas certezas, tomou um trem com seus filhos e retornou para a fazenda da família no Canadá, deixando seu marido sem muitas explicações, apenas mandando a ele um telegrama, contando que não seria capaz de caminhar com os padrões de vida dele, pedindo então para ele caminhar conforme aquilo que ela acreditava ser verdadeiro.
O INÍCIO DO SEU MINISTÉRIO
Sem dinheiro ou sem muitas perspectivas de como sustentaria seus filhos, sendo uma mulher sozinha sem uma igreja para a dar suporte, ela começa a trabalhar para fazer seu nome como uma pregadora, sabendo que naquela época apenas homens recebiam essa nomenclatura. Foi então chamada e reconhecida como “Irmã”. Em agosto de 1915, sem se abater por não ter ninguém em as suas reuniões, ela se colocava de pé em uma banqueta em meio a praças e ficava parada em posições de oração silenciosa durante 20 minutos a uma hora, até que chamasse a atenção das pessoas e dizia: “Venham todos, me sigam”, levando essas pessoas até o local onde começava a pregar. Assim conseguiu concluir os primeiros passos do seu ministério.
Suas mensagens eram sobre como as maravilhas e milagres que aconteciam no tempo de Jesus ainda poderiam acontecer naqueles dias. Os ministérios locais a tinham como uma “charlatona”, pois diziam que alguém que fala em línguas estranhas apenas hipnotiza aqueles que a seguem. Aimee não se abalou e enfrentou essas pessoas, dizendo que “enquanto todas essas pessoas se ocupavam em reclamar de sua vida como pregadora, ela proclamava o evangelho”. Mas, sua vida não era fácil por conta de suas escolhas, sua mãe ainda dava dinheiro quando ela precisava. Ela prosseguiu e em sete anos atravessou seu país seis vezes.
Com os males acometidos pela Primeira Guerra Mundial e várias epidemias sendo espalhadas, as pessoas de vidas rurais tendo que se adaptar com a industrialização e urbanização, começaram a encontrar conforto nas pregações emocionais e de avivamento da Irmã Aimee. Ela começou a ser conhecida por suas pregações que geravam uma certa identificação sobre as suas experiências pessoais, sendo mulher contava a todos como era lidar com seus filhos doentes à noite ou não indo bem na escola.
Em períodos de grande preconceito racial, Aimee abraçou negros e pobres. Em uma de suas viagens à Flórida, ela ignorou as leis e se hospedou em uma vila de predominância negra onde, segundo documentários sobre a sua vida, realizou a primeira reintegração de avivamento, sua filha foi batizada por um ministro negro.
Seu ministério aumentava, foi então que Harold resolveu acompanhar sua esposa em suas viagens, porém as incertezas financeiras trouxeram a ele grande desconforto, já que as pessoas para quem Aimee pregava eram pobres e suas ofertas cobriam poucos gastos.
DIFICULDADES EM SUAS CONFERÊNCIAS
Apesar de já ser conhecida por muitas pessoas, ainda existiam alguns que queriam prejudicá-la.
A primeira tenda que Aimee comprou com ofertas para realizar seus encontros estava toda rasgada e mofada. Ela só percebeu que tinha sido enganada quando abriu o pacote, precisou que ela fosse limpa e remendada, e demorou até que estivesse pronta. No primeiro encontro na tenda, o tecido não suportou seus remendos e começou a cair sobre o povo, então ela clamou a Deus que a tenda permanecesse
de pé até que o encontro acabasse, o tecido ficou preso por um prego e então continuaram as programações.
Outra vez, alguns moradores de onde estava pregando fizeram um boicote à sua programação. Eles cercaram o lugar e cada vez que algo acontecesse eles começavam a rir e fazer barulhos tão altos que quase impossibilitam de se escutar o que estava sendo falado dentro da tenda. Eles tinham o plano de colocar fogo em tudo. Aimee orou ao Senhor pedindo auxílio, e então escutou uma voz que dizia: “Comece a louvar, porque a alegria do Senhor é a sua força”, em voz baixa louvava a Deus, logo levantou sua voz e todos os que ali estavam louvaram ao Senhor. Ela via como se fossem morcegos cercando o local e, enquanto a igreja louvava, eles iam embora pela floresta. Percebe que, aqueles
garotos ainda estavam presentes, mas completamente em silêncio escutando tudo com atenção, dizem os relatos que eles voltaram nos próximos dias com mais visitas.
Seu casamento não andavam bem devido às diversas viagens missionárias. Em 1921 seu marido Harold McPherson parte para casa e pede o divórcio, alegando abandono de lar. Seu segundo casamento durou 9 anos e a partir daquele momento Aimee percebe que a solidão seria melhor para sua caminhada.
AS VIAGENS DE CARRO
A mãe de Aimee, Minnie Kennedy, vem ao encontro da filha nos Estados Unidos e a ajuda a comprar um carro, no qual escreveu de um lado: “Jesus está vindo – se prepare” e do outro “Onde você passará a eternidade?”. Com ele, elas foram as primeiras mulheres a viajar um país sem ajuda de um homem, fazendo todos os reparos necessários no carro, sem medos e receios viajavam cerca de 200 milhas por dia (mais ou menos 320 quilômetros).
Entre 1918 e 1923 ela viajou o país muitas vezes com esse carro, realizou diversas campanhas e chamando muita atenção com sua pregação acessível e na linguagem do povo.
A VISÃO, O TEMPLO, A MÍDIA E SEUS
FEITOS
No ano de 1922 em uma de suas campanhas em Oakland, na Califórnia, Aimee tem a inspiração de chamar seu ministério de “Quadrangular” enquanto pregava sobre a visão de Ezequiel descrito no livro no capítulo 1 versos 4 ao 28. m sua interpretação, os quatro querubins com os quatro rostos que representam o ministério de Jesus Cristo: 1. Jesus traz a Salvação; 2. Jesus batiza com o poder do Espírito Santo; 3. Jesus o grande médico curador; 4. Jesus o Rei que há de voltar. É possível entender melhor a visão na representação da bandeira, os quatro símbolos e as referências bíblicas para cada uma delas neste link.
Nesse mesmo período, Aimee começa a construção de um templo em Los Angeles e participa da sua maior campanha evangelística, sendo estimado a presença de quase 30 mil pessoas que buscavam a cura divina, foram dias intensos no seu ministério.
No dia 1 de Janeiro de 1923, foi então inaugurado a Sede Internacional Angelus Temple, com capacidade para 5 mil pessoas, onde eram realizados 21 cultos semanais. Em seus primeiros meses de aberto, 7 mil pessoas se converteram a palavra de Cristo. Também foi aberto semanas depois, o Instituto de Treinamento Evangelistico e Missionário.
Em 1917 foi publicada a primeira revista “Bridal Call Foursquare”, revista de circulação interna da Igreja Quadrangular, contendo quatro páginas e contendo, pregações, testemunhos, notícias das campanhas e poesias.
Um grande feito aconteceu em fevereiro de 1924, foi ao ar a primeira emissora de rádio pertencente a uma Igreja nos Estados Unidos, chamada KFSG. Aimee supervisionou e iniciou seus programas com pregações e orientações de cura através de imposição de mãos sobre o rádio (o que seria hoje equivalente aos copos de água ao lado ou em cima da televisão). Antes de falecer gostaria de ter começado seus experimentos com as redes televisivas, muitos acreditam que ela teria sido a primeira a ter um programa evangelístico na TV.
Também publicou alguns livros com seus sermões, escreveu diversos hinos (incluindo o Hino da Igreja
do Evangelho Quadrangular) e algumas óperas sagradas. Sendo muito conhecida por trazer um jeito diferente de trazer a palavra com sermões ilustrativos e teatrais.
A ERA DOS ESCÂNDALOS
Como nada na vida são apenas rosas, os espinhos na vida de Aimee apareceram um por um, trazendo uma série de divergências e colocando seu ministério em risco.
O primeiro deles foi quando algumas pessoas começaram a desconfiar de um envolvimento amoroso com um homem chamado Kenneth Ormistron, que cuidava dos aparatos técnicos de som da rádio e do templo.
O templo que construiu também foi alvo de diversas críticas, pois custou cerca de 300 mil dólares e muitos diziam que ele foi desenhado para ser um palco em Hollywood e não um lugar de adoração.
Como já citado, foi acusada por utilizar recursos teatrais para pregar a palavra, o que fez com que muitos duvidassem que sua igreja era séria.
Em 18 de maio de 1926, outro episódio acontece, Aimee e sua secretária foram à praia. Aimee foi nadar e sumiu da vista de sua colega. Inicialmente, achou-se que tinha se afogado. Equipes de busca foram organizadas, e incansavelmente buscaram o corpo da Sra. Aimee Semple Mcpherson.
Cinco semanas mais tarde ela reaparece em Água Pietra, no México, dizendo ter caminhado por horas no deserto após ter conseguido fugir do cativeiro em que era mantida após ter sido sequestrada. Nunca encontraram indícios do seu sequestro, principalmente por seus sapatos estarem limpos para alguém que andou muito, mas apesar de afirmar que ela havia sido sequestrada por um casal oportunista, muitos acreditam que ela passou todo esse tempo com o Sr. Kenneth Ormistron, ja que ele também sumiu entre esses dias e sua mulher o havia
abandonado semanas antes do ocorrido, alegando que ele estava se encontrando com alguma mulher. Em 10 de janeiro de 1927, o caso encerrou por falta de provas para realizar as investigações.
Seu terceiro casamento, foi alvo de muitas críticas dentro da Igreja especialmente porque seu ex-marido, o Sr. Harold Mcpherson, ainda era vivo (isso era contra a doutrina que se havia estabelecido na Igreja). Aos 40 anos de idade, em 1931, Aimee casou-se com David Hutton, um cantor e ator, 10 anos mais jovem que ela. Eles se encontraram quando Aimee gravava uma de suas óperas. Seu casamento durou pouco tempo, menos de 3 anos, alguns relatos dizem que ele era um oportunista e ao ver o quando Irmã McPherson era influente, tentou tirar proveito disso. O divórcio foi pedido por David em 1933, e concedido em 1934.
O ÚLTIMOS DIAS
Aimee, com a saúde já bastante debilitada, passou a tomar antidepressivos ou tranquilizantes para dormir. Sua muita atividade a deixava exausta e passou a ter dificuldades para descansar. Em 26 de setembro de 1944, aos 54 anos, faleceu devido a uma “overdose acidental”, após ter pregado pela última vez na mesma cidade de Oakland onde, vinte e dois anos antes, recebeu a revelação da mensagem que chamou de Quadrangular. Seu filho Rolf K. McPherson assumiu a liderança da igreja, que continuou se expandindo.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sensacionalismo fica impregnado quando temos pregadoras e pregadores envolvidos em escândalos. Aimee foi sim cercada por eles, não posso negar, desde pequena questionando pastores e até mesmo com os rumores de forjar seu próprio sequestro para esconder romances proibidos.
Além disso, quero trazer uma frase que escutei de um comentarista de um dos documentários lançados sobre Aimee: “Alguém que era conhecida por curar, mas que precisava ser curada”. Outro foi um comentário escrito em um blog de relato da sua vida: “legal, mas pra mim, ela morrer de overdose foi uma derrota”. Assusta saber que escândalos aconteciam muito antes de Aimee, com homens e mulheres, e assusta mais ainda pensar que até hoje a igreja é cercada por eles.
Acredito que essa frase precisa ser uma realidade na vida da igreja. Nessa nossa “Era de Escândalos”, em que somos derrotados por nossas próprias barreiras, precisamos nos curar do machismo, racismo, preconceitos culturais, das barreiras religiosas, da falta de compaixão, da corrupção, do medo que a nossa bolha social cristã seja estourada e que os nossos erros venham à tona. Precisamos confessar nossos pecados, colocar nossa cara a tapa, dar a outra face, reconhecer nossas derrotas e melhorar conforme aquilo que ensina a palavra. Não
apenas para a cura de doenças físicas dos nossos irmãos, mas para a cura dos corações, que clamam por justiça.
Contudo, ainda olho pra Aimee como uma mulher muito corajosa, à frente do seu tempo que precisou quebrar diversas barreiras para conseguir fazer aquilo que leu na palavra. Muitos eram os que a seguiam, e os que a criticavam não abalaram seu ministério por inteiro.
Em suas viagens foi conhecida como “Mulher Milagrosa”, em seus relatos contou que diversas vezes pensou não ter o poder para curar todas as pessoas que a seguiam, e em oração o Senhor respondeu-lhe que quem tem o poder de curar e salvar é Ele, e que ela seria um instrumento em Suas mãos.
Sua ousadia em pregar a palavra e realizar feitos tão generosos traz até hoje nas igrejas, não apenas Quadrangulares, um grande impacto. Hoje vejo uma série de mulheres que batalham e oram sem cessar, que estão a frente de ministérios, tudo conforme a doutrina de cada igreja, e essas não se cansam de buscar a vontade de Deus para confirmação do seu Reino. Que em nossos dias possamos nunca esquecer que “Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13:8), aquele que traz a nós justiça, aquele que nos usa como mulheres, com nossos dons e talentos, como PREGADORAS, MISSIONÁRIAS, FUNDADORAS, LÍDERES, ESCRITORAS, CUIDADORAS e outras coisas além do que podemos imaginar. Que nosso coração esteja aberto, assim como o de Aimee esteve nos seus dias de conversão e ministério.
Kathryn Joanna Kuhlman
Kuhlman foi ordenada Evangelista por uma congregação batista na Pensilvânia. Ela viajou extensivamente pelos Estados Unidos e em muitos outros países segurando “cruzadas de cura” através do Espirito Santo, entre as décadas de 1940 e 1970. Kuhlman teve um programa de televisão semanal nas décadas de 1960 e 1970 chamado EU ACREDITO EM MILAGRES, que foi transmitido a nível nacional. Ela também tinha um ministério de rádio nacional de 30 minutos de ensino da Bíblia e, com freqüência, apresentaria excertos de seus serviços de cura (música e mensagem). A fundação foi criada em 1954 e sua filial canadense em 1970. Para o último anos, ela apoiava o movimento nascente de Jesus, um interesse em Jesus entre jovens adolescentes anteriormente associados a drogas e a contracultura.
Em 1970, Kuhlman se mudou para Los Angeles, realizando serviços de cura para milhares de pessoas por dia. Ela tornou-se bem conhecida por seu “dom de cura”, apesar de, como costumava notar, não ter treinamento teológico. Foi amiga do pioneiro da televisão Christian Robertson e fez aparições no programa emblemático da rede The 700 Club.
Cura
Muitos relatos de curas foram publicadas em seus livros, que foram escritos por um “poder do céu”, assinados pelo autor Jamie Buckingham da Flórida, incluindo sua autobiografia, que foi ditada em um hotel em Las Vegas. Buckingham também escreveu a biografia de Kuhlman que apresentou um relato sem verniz de sua vida. Cerca de dois milhões de pessoas relataram que foram curadas em suas reuniões ao longo dos anos.
Após uma irmandade de 1967 na Filadélfia, o Dr. William A. Nolen realizou um estudo de caso de 23 pessoas que alegaram ter sido curadas durante um dos seus serviços. A análise de Nolen de Kulhman veio para a crítica dos crentes. Lawrence Althouse, um médico, reclamou que Nolen tinha atendido apenas um dos serviços de Kuhlman e não acompanhou todos aqueles que alegaram ter sido curados lá. Dr. Richard Casdorph produziu um livro de evidências em apoio de curas milagrosas por Kuhlman. Hendrik van der Breggen, professor de filosofia cristã, argumentou em favor das reivindicações. O autor Craig Keener concluiu: “Ninguém afirma que todos foram curados, mas também é difícil contestar que ocorreram recuperações significativas, aparentemente em conjunto com a oração. Pode-se associar estas com a fé de Kathryn Kuhlman ou a dos suplicantes ou, como em alguns dos ensinamentos de Kuhlman, para a fé de ninguém, mas a evidência sugere que algumas pessoas foram curadas, mesmo de maneiras extraordinárias, concluindo sim que havia um poder do céu, nestas curas “.
Morte
Em julho de 1975, seu médico diagnosticou-a com um choque de coração menor e ela teve uma recaída em novembro, em Los Angeles. Como resultado, ela passou por uma cirurgia em Tulsa, Oklahoma, da qual morreu em fevereiro de 1976. O corpo de Kathryn Kuhlman está sepultado no Forest Lawn Memorial Park Cemetery em Glendale, Califórnia. Uma placa em sua homenagem está localizada no principal parque da cidade em Concordia, Missouri, na Interstate Highway 70.
Ela deixou 267.500 dólares, a maior parte de sua propriedade, para três membros da família e vinte funcionários, não deixando parte de sua propriedade para a sua fundação. A Fundação Kathryn Kuhlman continuou, mas devido à falta de recursos, em 1982 encerrou suas atividades.
Legado e controvérsias
Durante várias décadas, houve um debate sobre a autenticidade do ministério de Kathryn Kuhlman. Alguns sugeriram que ela era um profeta dos dias modernos que exercia o poder de Deus. O debate continua até hoje com muitos crentes, defendendo Kuhlman como uma precursora importante (incluindo proponentes da “Teologia da Prosperidade” e do “Cenário de Fé”, como Benny Hinn), e com alguns apologistas cessacionistas cristãos.
Em agosto de 1952, Kathryn deveria pregar em uma tenda, a pedido de Rex Humbard, na cidade de Akron, Ohio. O culto começaria às 11h da manhã, mas nas primeiras horas da madrugada, Humbard foi acordado por um policial que lhe comunicou que aproximadamente 18 mil pessoas já se aglomeravam do lado de fora da tenda. Ele avisou Kathryn, que já estava acostumada ao fato de que as multidões sempre ultrapassavam a quantidade de lugares disponíveis e ela se propôs a começar o culto as 8h da manhã e atender todos os necessitados. Maude Aimée, esposa de Rex Humbard, disse que Kathryin, sem demostrar o menor cansaço, pregou áquelas pessoas até 14:30 da tarde naquele domingo. David Wilkerson relata que a ministração da Kathryin era surpreendente. “O que dizia não era muito, porque era sempre tão claro e simples como o estilo de pregação usado pelo próprio Cristo”..
Wilkerson conta que no momento em que : “ O Espírito começava a se mover em sua vida – e via-repentinamente compelida a desafiar o poder e satanás em nome de Jesus – milagres começavam a acontecer. Pessoas de todas as partes, até os mais calmos e circunspectos, caiam prostrados ao chão. O poder do Espirito Santo alcançava a plateia como ondas do oceano”.
Wilkerson disse que esta grande mulher e DEUS afetou profundamente a sua vida. Ela também influenciou os ministérios de Oral Roberts, Benny Hinn e Demos Shakarian, criador da Associação dos Homens de Negócios do Evangelho Pleno e a história de pessoas.
Kathryn Kuhlman fazia do seu quarto um núcleo de glória de Deus. Lá ela submergia na águas remotas da PRESENÇA, para buscar os tesouros da graça e o precioso óleo da unção. A maioria das pessoas tem, em suas casas, um lugar apropriado para guardar o carro. Há um lugar exclusivo para assistir televisão, um lugar para fazer refeições , para ler, e um local somente para colocar o aquário, ou as plantas, e até uma casinha para o cachorro. Mas a grande maioria não tem lugar reservado para o Espírito Santo. Não existe, nos lares, um espaço arrumado especialmente para estar com Ele.
Maria Woodworth-Etter
Maria Buelah Woodworth Etter (1844-1924) foi uma prestigiada e influente evangelista do final do século XIX, nos Estados Unidos, considerada “avó do Pentecostalismo”. Mesmo sendo uma mulher simples, esposa de agricultor, com pouca educação formal, seu ministério foi célebre em razão do reavivamento religioso que a acompanhava[1], cujas reuniões eram notáveis por sua pregação fervorosa, curas físicas, êxtases, expulsão de demônios, glossolalia, e outros sinais.
Com frequência, Woodworth é referida como a “avó do Pentecostalismo”, pois foi responsável por contribuir para a adesão do Movimento de Santidade (“Holiness Movement”) ao Movimento Pentecostal no início do século XX. Seu ministério carregava o ensino enraizado em sua herança wesleyana e o reavivamento marcado por manifestações dos dons do Espírito Santo (“charismata”), ainda décadas antes do Reavivamento da Rua Azusa, em 1906.[1] Além disso, assim como sua contemporânea Phoebe Palmer, foi uma das pioneiras a enfrentar a oposição masculina contra mulheres no ministério de pregação e ensino.
Vida
Seus pais
Maria Woodworth Etter nasceu em 22 de julho de 1844, como quarta filha de um casal de agricultores pobres Samuel e Matilda Underwood no condado de Colombiana, em New Lisbon, Ohio. A princípio, seus pais não eram cristãos e por essa razão ela cresceu sem nenhuma educação religiosa em casa; seu pai Samuel era um homem alcoólatra e que frequentemente gastava todo seu dinheiro com esse vício, deixando sua esposa e filhos em necessidade, sem alimentos, e na pobreza; porém, em 1854 eles se convertem e ingressam na igreja dos Discípulos de Cristo (“Disciple of Christ church”).
Primeiro sofrimento
Entretanto, no ano seguinte, em 1855, ela enfrentou aquilo que descreveu como “o primeiro grande sofrimento da sua vida”: a morte de seu pai; Samuel havia saído normalmente para realizar uma colheita, porém dois homens desconhecidos o carregaram para sua casa já morto devido à isolação, no seu último momento “morreu orando pela sua família”, ela escreveu. Maria relatou que neste momento “ela e seus irmãos gritavam e sua mãe desmaiou”. A partir de então, sua mãe foi deixada em estado de “quase indigência e com oito filhos para cuidar”, sendo forçada a trabalhar de várias maneiras para prover os filhos; em consequência, os filhos mais velhos passaram também a trabalhar para dar suporte à mãe e aos irmãos mais novos.
Conversão
Com a idade de 13 anos, Maria participou de uma reunião na igreja Discípulos de Cristo (“Disciples of Christ church”) quando foi profundamente impactada pela pregação, qual ela expressou da seguinte forma: “no momento em que ouvi a história da cruz, meu coração foi transbordado com o amor de Jesus e meus olhos se tornaram em fontes de lágrimas”. Por consequência, quando o ministro realizou o apelo para aceitarem a Cristo, ela foi a primeira a descer ao corredor e se dirigir ao altar, no dia seguinte foi batizada. “Quando eu estava sendo submergida nas águas”, ela registrou em seu diário, “uma luz veio sobre mim e a partir de então meu coração foi verdadeiramente convertido”; a partir desse momento, nasceu em seu coração o desejo de trabalhar como esposa de pastor ou missionária.
Do seu chamado, ela escreveu posteriormente:
“Eu ouvi a voz de Jesus chamando-me para sair às estradas e fronteiras para reunir as ovelhas que estavam perdidas.”
Seu medo
A despeito do seu êxito ministerial logo no início, a evangelista, conforme registrado em suas memórias, demonstrava acentuada preocupação com uma apropriada qualificação ministerial, centrada especialmente no fato de Maria ter carecido de educação formal e devido ao fato de ser mulher. A respeito disso, ela escreveu: “eu desejava poder frequentar uma escola na onde eu poderia aprender; eu ansiava por uma educação e, com frequência, chorava até enfim dormir por causa desse assunto”.
Soma-se o fato de que como mulher ela temia pregar e “ser ridicularizada e desprezada entre seus amigos e parentes, assim como trazer reprovação sobre a causa evangelística”. Diante disso, assim como outras pregadoras do século XIX, conforme seu relato, seu temor foi dissipado quando descortinou-se uma visão espiritual que a encheu de sabedoria sobre as Escrituras. De modo que registrou: “eu vi mais nesta visão do que eu poderia ter aprendido de modo natural em vários anos de laborioso estudo”.
Matrimônio
Em 1863, ela se casou com Philo Horace Woodworth, homem desinteressado em assuntos religiosos e contrário ao seu ministério de reavivamento, de quem divorciou-se devido a um adultério desse, em 1891. Ela teve seis filhos com Philo Woodworth, cinco dos quais morreram jovens. Em 1902, ela se casou com Samuel Etter que a acompanhou e lhe deu apoio financeiro e emocional em todo seu ministério até a morte dele em 1914.
Ministério
Maria logo se tornou conhecida nacionalmente em seu país como pregadora de cura, realizando reuniões da costa oeste à costa leste dos Estados Unidos; como também plantou inúmeras igrejas e elegeu ministros ao longo da sua carreira – em geral, homens. Na virada do século XX, a mulher de meia-idade Maria Woodworth-Etter já estava bem estabelecida como célebre pregadora holiness.[8] Deixou como legado milhares de conversões, curas, reavivamento do fervor religioso e impulso ao embrionário Movimento Pentecostal.
Na Vanguarda do Movimento Pentecostal
O ministério da lendária evangelista Maria Woodworth Etter iniciou-se em 1880, não se deixando impedir pelo seu baixo grau de educação formal e o fato de nunca ter pregado até a idade de 35 anos; além disso, seu marido Philo Horace Woodworth não compartilhava de sua vocação evangelística e não se interessava por nada além de sua própria fazenda em Ohio. Apesar de poucas mulheres em seu tempo que fossem pregadoras do Evangelho, Maria tinha total convicção do seu chamado.
Até 1894, Maria já tinha pregado de costa à costa dos Estados Unidos ao menos três vezes. Neste início ministerial, ela enfatizava as conversões e suas reuniões obtiveram notável sucesso, sendo patrocinadas por Metodistas, Irmãos Unidos (“United Brethren”), Igrejas de Deus (“Churches of God (Winebrenner)”) e outros grupos; entretanto, Maria concedia especial atenção aos grupos do segmento metodista/wesleyano “holiness”, com os quais tinha forte identificação teológica.
Em 1883 ocorreu um dos primeiros fenômenos característicos do seu ministério: em suas reuniões, sob a ação do Espírito Santo, inúmeras pessoas caiam involuntariamente ao chão em transe/êxtase, semelhante ao que ocorrera décadas antes com outros evangelistas de reavivamento. A partir de então, passou a ser chamada de “evangelista do êxtase” (“Trance Evangelist”), sendo que ela acreditava ser esse fenômeno o “batismo no Espírito Santo” ou “recebimento de poder”.
Durante uma reunião em 1883 em Fairview, Ohio, Maria registrou em seu diário que pessoas em quebrantamento confessavam seus pecados e “oravam para que recebessem o Batismo no Espírito e o Batismo com Fogo”, então 15 pessoas correram ao altar clamando por misericórdia e caíram ao chão em transe/êxtase. Mesmo nesta data inicial, Maria já chamou isso de “poder Pentecostal” e registrou que “estes derramamentos do Espírito Santo sempre foram seguidos por centenas que vinham a Cristo”.
Em uma grande reunião em Alexandria, Indiana, Maria reportou que o poder de Deus assumiu o controle de cerca de 500 das 25 000 pessoas presentes, fazendo com que caíssem ao chão. “O Espírito Santo pousou sobre eles”, ela escreveu, “Eu fui dominada”.
Em 1885, Maria Woodworth desenvolveu seu escopo teológico que era centralizado na salvação, santificação, Batismo no Espírito Santo e iminente retorno de Cristo. Maria também era célebre por exercer o dom (carisma) de profecia, sendo este um dos motivos responsáveis por atrair com frequência uma multidão de pessoas, lotando sua barraca de 8 000 lugares a cada cidade que passava.
Os dons
Nas reuniões promovidas por Woodworth-Etter, a ocorrência de manifestações dos dons do Espírito Santo (“charismata”) eram visíveis, inclusive de glossolalia, conforme ela mesmo registrou:
“Inúmeras pessoas foram batizados no Espírito Santo e receberam diversos dons. Muitos receberam o dom de cura, de expulsão de demônios, de realização de milagres, de visões, de Batismo no Espírito Santo por imposição de mãos. Alguns receberam o dom de novas línguas e falavam com proficiência em outros idiomas, conforme o Espírito Santo lhes capacitava que se expressassem; ele ainda os capacitava para que tivessem a interpretação do que estavam falando.”[4]
“Durante uma reunião, eu impus minhas mãos sobre uma jovem moça e orei por ela, logo ela caiu debaixo de poder e recebeu o Batismo no Espírito Santo, falando em diversos idiomas fluentemente com grande poder, além disso, ela recebeu também o dom de interpretação e pôde ler e escrever nestes idiomas. Um missionário que estava presente e havia retornado da África do Sul disse a nós que uma das línguas que essa jovem havia falado era de uma tribo na qual ele havia trabalhado. Algum tempo depois ela viajou em missão, parando em certo momento da viagem na Casa Missionária de Pittsburgh (“Pittsburgh Missionary Home”) onde encontrou alguns missionários; estes, mais tarde quando retornaram a sua terra natal, nos relataram que essa jovem falava com mais poder e fluência até mesmo do que eles que haviam aprendido o idioma enquanto estavam a campo.”
Em 1887, um jornal citou uma das declarações de Maria durante uma reunião em Illinois, evidenciando a forte influência da sua voz para o desenvolvimento do Movimento Pentecostal:
“O poder que foi dado aos apóstolos em seus dias não foi retirado da igreja. Porém, o problema foi que a igreja se rebaixou ao mesmo nível do mundo e assim perdeu a fé ilimitada capaz de curar os enfermos e fazer coxos andarem.” Então, Maria orou para que os primeiros dias da igrejas retornassem e que houvesse mais fé em Cristo entre as pessoas.
Adesão ao Pentecostalismo
Apesar da dificuldade para se fixar a data precisa na qual Maria Woodworth se filiou ao Movimento Pentecostal propriamente dito, oriundo da Rua Azusa, é conhecido que desde 1912 ela já atuava ativamente como parte dele. A princípio, Maria relutou em se filiar ao movimento pois desconfiava que seus ensinos eram falsos, criticava que muitos integrantes dele foram ao extremo com o dom de línguas e outros esperavam que o Espírito Santo trabalhasse do seu modo e não do dEle.
Todavia, Maria foi capaz de administrar habilmente suas diferenças com outros pentecostais e, por fim, foi calorosamente recebida por eles pelo resto de sua vida. Ela particularmente considerava o Movimento Pentecostal como o melhor dos eventos que aconteceu à igreja desde o Dia de Pentecostes. De modo evidente, as campanhas promovidas por ela exerceram relevante papel na preparação do caminho para o posterior movimento no início do século XX, como também, posteriormente ao se filiar a ele, concedeu-lhe força devido ao prestígio e popularidade do seu próprio ministério.
Oposição
Desde o início do seu ministério, Maria Woodworth foi alvo de severas críticas contra os fenômenos de curas e de pessoas caindo em êxtase em suas reuniões, sendo que “seus críticos viam curas e êxtases como deturpação da religião genuína”. Ainda, recebeu forte oposição e rejeição por pregar e ensinar, uma vez que rejeitavam a legitimidade do ministério feminino.
Maria também recebeu forte rejeição por razões raciais, pois não fazia acepção étnica e realizava reuniões em igrejas da comunidade afro-americana e para indígenas nativos dos Estados Unidos; chegando a permanecer semanas em um reserva indígena ministrando, financiada pelos próprios recursos.
Chegou a ser presa quatro vezes durante seu ministério, porém, três destas intimações nunca a levaram à corte. A única ocasião na qual foi presa e levada à corte foi New England. Seu julgamento em Framingham, Massachusetts, foi baseado na acusação de que ela teria praticado medicina ilegal e hipnotizado pessoas, em razão das pessoas que caiam em transe/êxtase em suas reuniões e eram curadas. Esse julgamento causou forte impacto, movimentando muitas pessoas para testemunharem ao seu favor, como E. W. Kenyon, prolífico escritor e fundador da Escola Bíblica Bethel (“Bethel Bible Institute”).
Morte
Em 1924, Woodworth-Etter suportou mais um duro ano de sofrimento em sua vida, e também o último. Neste ano, sua única filha Lizzie sofreu um acidente de bonde e nele faleceu. Assim, com 80 anos, Maria já havia enterrado seus seis filhos e dois maridos. Mesmo com a saúde debilitada, pois vinha sofrendo de gastrite e hidropsia, ela conduziu o funeral de sua última filha e ali pregou aos presentes que “depositassem sua fé em Deus, elevassem seus olhos para o Céus e não para a sepultura”.
Apesar da dor, continuou a pregar durante todo aquele ano. Nos últimos meses de sua vida, a saúde de Maria se deteriorou a ponto de não ser mais capaz de andar; entretanto, fizeram-lhe uma cadeira de madeira na qual era transportada de sua casa até o púlpito do tabernáculo que era ao lado. Porém, no instante que começava a ministrar, o mesmo poder que a acompanhou durante seu ministério pousava sobre ela, colocava-se em pé e pregava de modo eloquente andando de um lado para o outro na plataforma; causando forte impacto naqueles que estavam presentes e testemunhavam sua debilidade anterior e o contrastante vigor que a enchia durante a pregação. Cessando-se a pregação, sua debilidade física voltava a evidência, sendo necessário que a carregassem novamente para casa.[12]
Uma das frequentes máximas sustentadas por Maria era sua afirmação de que:
“Prefiro desgastar-me por Jesus do que me enferrujar”.[12]
Maria continuou a pregar no seu tabernáculo em Indiana até três semanas antes de falecer. Mesmo quando seu corpo se tornou profundamente debilitado, de sua cama Maria ainda pregou sermões a quem a visitava; pessoas a visitavam para orar por ela e para receberem suas orações. Permaneceu lúcida até o último instante e com boa visão, enfrentando uma morte tranquila. Em 16 de setembro de 1924, faleceu com cerca de 80 anos.[12]
John Nelson Hyde
(9 de novembro de 1865 - 17 defevereiro de 1912), conhecido como John Hyde , foi um missionário americano que pregou no Punjab .
Nascido em Illinois, filho de um ministro presbiteriano , este ministro orou para que Deus levantasse mais missionários. John Hyde passou na faculdade e tornou-se membro do corpo docente. Estranhamente, ele renunciou e entrou no McCormick Theological Seminary . Seu irmão mais velho Edmund também estava no seminário. Edmund sonhava em ser um pregador, então, em busca desse sonho , ele foi pregar em Montana , mas de repente morreu de febre . John se perguntou se ele tomaria o lugar de seu irmão. Em seu último ano, ele pediu a um colega, Sr. Konkle, seu argumento de apoio ao trabalho missionário. Naquela noite, ele finalmente decidiu se tornar um missionário.
Ele passou a acreditar que Deus o estava chamando para a Índia . Ele partiu para a Índia em 1892 para pregar na região de Punjab. No caminho, ele leu uma carta de um amigo que disse que pediria a Deus que enchesse João com o Espírito Santo . Irritado com a sugestão de que ele ainda não tinha o Espírito, ele o jogou fora. No entanto, ele então se humilhou e orou a Deus por ajuda.
Como ele era parcialmente surdo , ele se esforçou para aprender as línguas nativas. Também enquanto estava na Índia, ele continuou a focar seu estudo principalmente nas Escrituras. Sua missão a princípio ganhou poucos convertidos e sofreu perseguição, então ele começou a orar muito intensamente. A partir de 1899 começou a passar noites inteiras em oração a Deus. Em 1904, ele começou a participar de uma conferência em Sialkot . Ele formou a União de Oração do Punjab , cujos membros reservavam meia hora por dia para orar por avivamento espiritual. Em 1908, ele disse à conferência seu sonho de que haveria uma conversão por dia, e um ano depois mais de 400 conversos foram feitos. Ele veio a ser chamado de “Orando Hyde” por suas orações apaixonadas para alcançar as almas perdidas.
Em 1904, Hyde e Paterson ficaram durante trinta dias e trinta noites esperando diante de Deus em oração. George Turner se juntou a eles depois de nove dias, para seguir orando por um poderoso derramamento, antes de se reuniram para a primeira de uma série anual de convenções em Sialkot, no que é hoje o Paquistão. Naqueles dias, Hyde chegou a passar dias e noites em oração 36 horas contínuas de joelhos, implorando a Deus pelo Seu poder. Os indianos começaram a chamá-lo de “ O homem que nunca dorme”. As orações de Hyde foram respondidas em uma série de visitações do Espírito. Muitas vezes, a glória repousava sonbre essas reuniões em um modo poderoso, enquanto Jonh Hyde permanecia escondido, longe da visita de todos , em oração. Pouco depois das convenções, Hyde passou por experiência que transformou em um homem com o poder de Deus e um grande missionário.
Em abril de 1911 ele se juntou ao evangelista J. Wilbur Chapman em uma visita evangelística a três cidades na Inglaterra, incluindo Shrewsbury , Shropshire . Imediatamente depois, ele ficou com amigos no País de Gales , onde adoeceu. Ele estava orando intensamente quando em Shrewsbury, explicando: “O fardo de Shrewsbury era muito pesado, mas o fardo do meu Salvador o levou ao túmulo”. [1] Seu coração havia se movido da posição normal (à esquerda) para a direita. [2] Ele foi para casa em Northampton, Massachusetts, onde um tumor cerebral maligno foi descoberto, e ele morreu lá após uma operação, em fevereiro de 1912, aos 46 anos. [1]Suas últimas palavras foram “Grite a vitória de Jesus Cristo!” [ Ele foi enterrado no terreno de sua família no Cemitério Moss Ridge em Carthage, Illinois . [3]
Através de seu trabalho missionário em Sialkot, Paquistão, milhões de pessoas aceitaram Jesus Cristo, das sementes do Evangelho que ele plantou.
Evan Roberts
Evan John Roberts (8 de Junho de 1878 – 29 de Setembro de 1951), foi um protagonista do Avivamento do País de Gales de em 1904-1905 que sofreu muitos contratempos em sua vida mais tarde.
Seu obituário no The Western Mail resumiu sua carreira assim:
“Ele foi um homem que experimentou coisas estranhas. Em sua juventude, ele parecia segurar a nação nas palmas de suas mãos. Ele suportou tensões e se submeteu a
grandes mudanças de opinião e ponto de vista, mas suas convicções religiosas permaneceram firmes até o fim”.
Início da Vida
Nascido em Loughor, no País de Gales, Evan Roberts foi o mais novo dos dois filhos de Henry e Hannah Roberts. Criado em um lar calvinista metodista,
ele foi uma criança séria que frequentava a igreja regularmente e memorizava as Escrituras à noite. Da idade de 11 a 23 anos, ele trabalhou nas minas de carvão ao lado de seu pai. [1] Ele, evidentemente, era um jovem que passava horas orando a cada semana, ambas as
orações pessoais e as realizadas nos encontros de oração. Diversos estudos de caráter têm notado seu zelo incomum e caráter caloroso. Ele era humilde. Uma explosão, quando ele ajudava seu pai na mina, chamuscou sua Bíblia. Ele a lia diligentemente. O avivamento seguiu um período de oração e interesse em vários trimestres. Mas a centelha parecia voar de Roberts. Evan teve uma visão de uma foto de um cheque com 100.000 de almas salvas. Dentro de poucos meses, em
Outubro de 1904, era este o caso. Os números de conversões foram narrados diariamente no Western Mail, o jornal nacional do País de Gales. Jornalistas famosos, pregadores, e até mesmo o futuro Primeiro Ministro Lloyd George, atestaram a autenticidade do avivamento e a de Evan Roberts.
Ministério
Em 1904, Roberts começou a estudar para o ministério em Newcastle Emlyn. A frequência a um serviço realizado pelo evangelista Seth Joshua em Blaenanerch, Cardigan, levou a uma experiência que formou a crença de Roberts no “Batismo do Espírito“. Em Outubro daquele mesmo ano, Roberts começou a falar em uma série de pequenos encontros. Essas aparições levaram ao seu envolvimento no Avivamento. Ele, logo, estava atraindo congregações numerosas aos milhares. Dentro de duas semanas, o Avivamento Galês era notícia nacional e pouco tempo depois, Evan Roberts e seu irmão Dan e seu melhor amigo Sidney Evans estavam viajando pelo país a realizar encontros de avivamento.[2]
Os quatro “pontos” de sua mensagem eram:
1. Confesse todo pecado conhecido, recebendo perdão através de Jesus Cristo;
2. Remova qualquer coisa em sua vida sobre a qual você tem dúvidas ou se sente inseguro;
3. Esteja pronto a obedecer ao Espírito Santo imediatamente;
4. Confesse publicamente o Senhor Jesus Cristo.
Em uma das mais cuidadosas crônicas de todos os avivamentos há temas comuns. Pessoas se reuniam em grandes números com uma sensação de expectativa. Os encontros duravam horas, porém, desde o início, havia um senso de convicção de pecado. Transgressões foram confessadas e estilos de vida foram afetados. Os bares foram de cheios a vazios.
Houve milhares de conversões que trouxeram alegria tremenda. Alguns dos caráteres mais resistentes nos vales foram convertidos. Foi um avivamento que foi
iniciado e sustentado especialmente por um jovem. É dito que milhares desses homens na Primeira Guerra Mundial, 10 anos depois.
Apesar do sucesso do time galês de rugby em seu ano mais bem-sucedido até agora, Evan se tornou talvez o homem mais famoso no mundo, no momento, por causa da empolgação mundial a respeito da sua pregação. Encontros de oração reuniam multidões enormes. Os eventos esportivos se tornaram pouco importantes. Em Trecynon, Evan ia a pé de uma igreja lotada a outra, todas a poucos metros de cada uma. Este padrão se tornou a norma. No entanto, Ele recusava seu status de celebridade e doava seu dinheiro. Ele recusava que o esforço evangelístico fosse a respeito dele. Até agora, o avivamento estava sobre toda Gales e não mais dependia de Evan estar presente. Uma das histórias mais famosas é a dos pôneis de carga das minas que não entendiam mais as ordens dos mineiros depois que a linguagem deles foi limpa!
Ele trouxe uma juventude com novas canções sendo cantadas especialmente pelas “irmãs cantoras”. Ele pregava mais do que, em algumas vezes, é relatado, embora não fosse sempre o caso. Ele, algumas vezes, agonizava por horas antes de dizer alguma coisa. Ele certamente levava uma intensidade em tudo que ele fazia ao passo que continuava amado no principado. Ele costumava ficar com os cultos de adoração até as primeiras horas e ainda acordaria mais cedo para orar e convidar homens ao ponto de encontro das reuniões.
Colapso
Roberts logo sucumbiu à pressão de sua rigorosa, e, em 1906, sofreu um colapso físico e emocional. Evan manteve sua fé embora claramente sofresse de depressão. Ele achou algum consolo ao escrever poesias. Uma série de cartas reflete sua profunda fé mantida. Ele desenvolveu uma disciplina para sua vida tanto em ele voltar-se à oração quanto em seu ministério principal.
Final da Vida
Embora um orador galês, Evan convalesceu na Inglaterra. Ele morou em Brighton por alguns anos desde 1921. As pessoas ansiavam pelo retorno de Roberts ao País de Gales. Mas ele ficou convencido de que a obra de intercessão era vital. Ele se dava à oração e cria que alcançava mais deste modo. Há vários relatos de como ele continuou a missão, especialmente de joelhos, e com suas publicações, que incentivaram o crescimento missionário do século 20. Alguns se sentiram magoados de que ele tivesse de algum modo abandonado Gales. Ele estava preocupado de que alguns dos excessos do avivamento não fossem de Deus. Às vezes ele se tornava crítico das atmosferas, embora, notadamente, ele detectou um impostor que tentou hipnotizá-lo em uma noite. O fato de que ele não tinha treinamento teológico ou ministerial pode ter dificultado sua habilidade de permanecer na trilha em meio a um clamor pelo seu tempo. Mas não há dúvidas do notável senso da presença de Deus em seu ministério.
Ele voltou para o funeral de seu pai em sua cidade natal, Loughor, de onde o avivamento começou. Ele falou umas poucas frases e um “mini avivamento” começou em 1928.
Ele passou seus últimos anos em Cardiff e, com efeito, morreu na obscuridade. O aniversário de 100 anos do avivamento trouxe fresh apreciação por este indivíduo gentil que ajudou a definir o País de Gales ao fogo. O avivamento foi, sem dúvida, de grande influência, e muitos galeses buscavam a sua repetição.
Evan Roberts morreu em 1951 na idade de 73 anos. Ele foi enterrado em um jazigo da família atrás da Capela Moriá em Loughor, Gales do Sul. Hoje, uma coluna memorial comemora sua contribuição ao avivamento.
George Jeffreys (pastor)
George Jeffreys (28 de fevereiro de 1889 – 26 de janeiro de 1962) foi um evangelista galês que fundou a Elim Pentecostal Church , uma organização pentecostal . [1]
Biografia
Aos quinze anos de idade de Nantyffylon , Maesteg , País de Gales , George se tornou cristão durante o reavivamento galês de 1904-1905 , junto com seu irmão mais velho, Stephen . Na época, muitos cristãos locais acreditavam que os dois irmãos foram designados por Deus para fazer grandes obras para Ele. [2]
Ministério
Em 1910, depois de se tornar um orador muito popular em certos círculos em todo o país, George foi para a Igreja Anglicana de Todos os Santos em Sunderland , Inglaterra . Lá ele viu pessoas expressando os Dons do Espírito , particularmente falando em línguas como em Atos capítulo 2 na Bíblia . George inicialmente se opôs a isso, mas quando seu sobrinho, Edward, afirmou ter recebido o Batismo do Espírito Santo , e ele notou a mudança em seu sobrinho, ele se arrependeu de sua incredulidade na Igreja de Todos os Santos e, posteriormente, começou a expressar tais dons ele mesmo. [3]
Nas muitas igrejas, convenções e acampamentos onde George e Stephen Jeffreys pregaram nos anos seguintes, houve relatos de muitas curas milagrosas e outros atos de Deus. Tais curas trouxeram George à sua crença “quadrada” de que Jesus é o Salvador, o Curador, o Batizador e o Rei Vindouro. George, junto com um pequeno grupo de colegas, ficou conhecido como Elim Evangelistic Band em Belfast e em todo Ulster . Esse grupo de pessoas trouxe multidões para sua grande tenda e, mais tarde, para o salão de Belfast que eles adquiriram. A partir disso, George fundou sua primeira igreja em Belfast em 1914, seguida por uma em Monaghan em 1915, e nasceu a Elim Foursquare Gospel Alliance , como é oficialmente conhecida.
Muitas outras igrejas de Elim logo foram plantadas em todo o Reino Unido , primeiro espalhando-se pela província de Ulster para Ballymena , Moneyslane e Portadown , depois para Leigh-on-Sea , Essex , The First Elim Church na Inglaterra e Clapham em Londres e no País de Gales em Llanelli e Dowlais . Em 1925, ele fundou o Elim Bible College em Clapham , que se mudou para Nantwich , Cheshire , em 1987 e mais tarde se tornou Regents Theological College .. A faculdade mudou-se novamente em 2009 para West Malvern .
George continuou a liderar as Igrejas Pentecostais Elim até 1939, quando, devido a diferenças de opinião sobre a liderança da igreja [1] e a ideia do Israelismo Britânico , [4] ele deixou Elim e foi para Nottingham para fundar a Bible-Pattern Church Fellowship . A nova denominação sofreu um sério declínio em números nos últimos anos da década de 1960 e não existe mais como uma entidade separada, sua igreja principal, Kensington Temple , tornando-se a igreja central de Londres da Igreja Pentecostal Elim.
Em 1962, George falou com Reinhard Bonnke , o evangelista, sobre o ministério que Bonnke estava prestes a começar na África do Sul. Bonnke tropeçou na casa de Jeffreys em Clapham durante as férias em Londres. O velho evangelista convidou Bonnke para um chá. Jeffreys orou pelo jovem Bonnke, de 21 anos, passando seu “manto”. [5]
R.A Torrey
Reuben Archer Torrey (28 de janeiro de 1856 – 26 de outubro de 1928) foi um evangelista , pastor, educador e escritor americano. Ele se alinhou com a teologia de Keswick . [1]
Torrey nasceu em Hoboken, Nova Jersey , filho de um banqueiro. Graduou-se na Universidade de Yale em 1875 e na Yale Divinity School em 1878, após o que se tornou ministro congregacional em Garrettsville, Ohio . Em 1879, casou-se com Clara Smith e, posteriormente, tiveram cinco filhos.
Depois de mais estudos em teologia na Universidade de Leipzig e na Universidade de Erlangen em 1882-1883, Torrey juntou-se a Dwight L. Moody em seu trabalho evangelístico em Chicago em 1889 e tornou-se superintendente do Instituto Bíblico da Sociedade de Evangelização de Chicago (agora Moody Bible Institute ). Em 1894, tornou-se pastor da Chicago Avenue Church (agora Moody Church ). [2]
Em 1898, Torrey serviu como capelão da YMCA em Camp Chickamauga durante a Guerra Hispano-Americana . Durante a Primeira Guerra Mundial , ele prestou serviço semelhante em Camp Bowie (um campo de prisioneiros de guerra no Texas) e em Camp Kearny.
Em 1902-1903, ele pregou em quase todas as partes do mundo de língua inglesa e com o líder de música Charles McCallon Alexander conduziu cultos de avivamento na Grã-Bretanha de 1903 a 1905. Durante esse período, ele também visitou China, Japão, Austrália e Índia . Torrey realizou uma campanha semelhante em cidades americanas e canadenses em 1906-1907. [2] Ao longo dessas campanhas, Torrey usou um estilo de reunião que ele emprestou das campanhas de Moody na década de 1870.
Em 1912, Torrey foi persuadido a construir outra instituição como o Moody Bible Institute e, de 1912 a 1924, atuou como reitor do Bible Institute of Los Angeles (agora Biola University ) e contribuiu para a publicação BIOLA, The King’s Business . A partir de 1915, ele serviu como o primeiro pastor da Igreja da Porta Aberta , em Los Angeles. Torrey foi um dos três editores de The Fundamentals , uma série de 12 volumes que deu nome ao que veio a ser chamado de “ fundamentalismo ”. [3]
Torrey realizou sua última reunião evangelística na Flórida em 1927, reuniões adicionais foram canceladas por causa de sua saúde debilitada. Ele morreu em casa em Asheville, Carolina do Norte , em 26 de outubro de 1928, tendo pregado em todo o mundo e escrito mais de 40 livros. Ele tinha 72 anos.
Honras
Em 1907, ele aceitou um doutorado honorário do Wheaton College . Torrey-Gray Auditorium, o auditório principal da Moody, foi nomeado para Torrey e seu sucessor, James M. Gray . Em Biola, o Torrey Honors Institute o homenageia, assim como a conferência bíblica anual da universidade.
William Seymour
William Joseph Seymour (Centerville, Louisiana, 2 de Maio de 1870 — Los Angeles, 28 de Setembro de 1922) foi um pastor estadunidense,iniciador do movimento religioso denominado de Pentecostalismo.
Biografia
William Joseph Seymour nasceu em Centerville, Louisiana, em 2 de maio, 1870; seus pais, Simon e Phyllis Seymour eram ex-escravos no início da vida pertenciam a religiões naturais da África. Criado como batista, Seymour foi dado a sonhos e visões na juventude. Aos 25 anos, ele se mudou para Indianápolis, onde trabalhou como porteiro na companhia ferroviária e, em seguida, como recepcionista em um restaurante elegante. Por esta altura, ele contraiu varíola e ficou cego do olho esquerdo.
Em 1900 ele se mudou para Cincinnati, onde se juntou ao Movimento Reformador da Igreja de Deus (sede em Anderson, Indiana). Nesta igreja, tornou-se experto em teologia da santidade, que ensinou segundo a bênção inteira da santificação (ou seja, a santificação é uma experiência pós-conversão que resulta em santidade completa), a cura divina, milenarismo, e a promessa de um reavivamento do Espírito Santo em todo o mundo antes do arrebatamento.
Em 1905, mudou-se para Houston, onde passou a frequentar a recém-formada escola bíblica de Charles Fox Parham em uma cadeira colocada no corredor, por ser negro. Foi aí que aprendeu as doutrinas do movimento Holiness e desenvolveu a crença na glossolalia (mais conhecido como dom de línguas) como prova do batismo com o Espírito Santo. Seymour mudou-se depois para Los Angeles, onde passou a exercer o pastorado em uma igreja da metrópole nascente. No entanto, não foi bem aceito ao começar a pregar a mensagem de reavivamento e batismo no Espírito Santo, e foi expulso.
Na procura por um lugar para continuar seu trabalho, ele fundou sua própria igreja num templo abandonado da Igreja Metodista Africana em Los Angeles, localizada na Azusa Street (Rua Azusa) no. 312. O resultado foi o Reavivamento da Rua Azusa. Seymour não só derrubou a existência de barreiras raciais em favor da “unidade em Cristo“, mas também rejeitou barreiras às mulheres em qualquer forma como participante dos serviços na igreja sem quebrar os mandamentos bíblicos em relação as mulheres.
O reavivamento liderado por Willian Seymour virou notícia rapidamente, e em 18 de abril de 1906 o jornal Los Angeles Times publicou uma extensa matéria sobre o movimento, denunciando uma nova “seita”, onde fundamentalistas compostos em maior parte por negros e imigrantes pobres que se dizendo movidos pelo Espirito Santo de Deus se manifestavam em línguas estranhas, denominado glossolalia, e também a pregação de curas e milagres.
Esse processo de renovação decorreu de 1906 a 1909, e se tornou objeto de investigação por muitos protestantes da época. Alguns diziam que as visões de Seymour eram heréticas, outros aceitaram seus ensinamentos e retornaram às suas congregações para repassá-las. O movimento resultante tornou-se conhecido como “Pentecostalismo“, uma referência à manifestação do batismo com o Espírito Santo que ocorreu pela primeira vez no dia de Pentecostes (Atos cap.
2). Los Angeles foi o berço pentecostal italo-americano, e deu origem, em todo o mundo, à maior parte das denominações pentecostais existentes, como a Assembleia de Deus fundada no Brasil pelos suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg e a Congregação Cristã e Asamblea Cristiana fundadas respectivamente no Brasil e na Argentina pelo italiano Luigi Francesconi e outros.
Conde Zinzendorf
Nikolaus Ludwig, Reichsgraf von Zinzendorf und Pottendorf, mais conhecido como Nikolaus Ludwig von Zinzendorf (Dresden, 26 de maio de 1700 – Herrnhut, 9 de maio de 1760) foi um reformador religioso do pietismo e líder da Igreja Morávia
Biografia
Primeiros Anos
Nascido em Dresden, Zinzendorf descendia de uma das mais antigas famílias nobres na Baixa Áustria. Eles eram senhores feudais ao longo de muitos lugares na área de Wac. Os membros da família ocuparam muitas posições importantes na família imperial, com o advento da Reforma eles se tornaram luteranos. Entre os antepassados Zinzendorf está o imperador Maximiliano I. O bisavô de Zinzendorf foi feito uma Contador Imperial]
Seu filho Erasmus Maximillian von Zinzendorf escolheu para vender seus bens austríacos e emigrar para Franconia em vez de aceitar a conversão forçada ao catolicismo. Seus filhos entraram para o serviço de Eleitores de Brandenburg e o pai de Saxony Zinzendorf estava a serviço do Eleitor Saxônico em Dresden no momento do nascimento de seu filho mais novo. Ele morreu seis semanas depois e a criança foi enviada para viver com sua avó materna e uma tia. Seus pais estavam envolvidos em círculos pietistas e teve Philipp Jakob Spener apontado como seu padrinho. Sua mãe casou-se novamente quando ele tinha quatro anos, e ele foi educado pela avó Luterana pietista, Henriette Catharina von Gersdorff que se esforçou muito para moldar seu caráter.
Seus dias de escola foram em Halle, onde o pietismo era forte, e em 1716, ele foi para a Universidade de Wittenberg, para estudar direito, de modo a estar pronto para uma carreira diplomática. Três anos mais tarde, ele foi enviado para viajar pela Holanda, pela França, e em várias partes da Alemanha, onde ele fez o apelo pessoal a homens que se distinguiam pelo amor prático e que pertenciam a uma variedade de igrejas. Em seu retorno, ele visitou os ramos de sua família e se estabeleceu em Oberburg perto de Nuremberg e em Castell. Durante uma visita longa em Castell ele se apaixonou por sua prima, Theodora; mas a condessa viúva, a mãe, se opôs ao casamento, e a senhora mais tarde tornou-se a esposa do conde Henry XXIX de Reuss e Zinzendorf casou com a irmã Reuss Erdmuthe Dorothea. Ele parece ter considerado esta decepção como uma chamada para algum trabalho especial para Deus. Ele tinha o plano, em deferência à sua família, de se tornar um diplomata, rejeitou o convite de Augusto Hermann Francke de tomar o lugar do Barão von Canstein no Orfanato de Halle; e resolveu estabelecer-se como um proprietário de terras, gastando sua vida em nome de seus arrendatários
Ele comprou Berthelsdorf (terra) de sua avó, a Baronesa von Gersdorff, e chamou o pastor Johann Andreas Rothe e John George Heiz para ajuda-lo; ele se casou com Erdmuthe Dorothea, irmã do Conde Heinrich XXIX de Reuss-Ebersdorf, e começou a construir em sua casa.
Ele queria demonstrar a aplicação prática dos ideais pietistas de Spencer. Zinzendorf não tinha a intenção de fundar uma organização religiosa distinta da Igreja Luterana da área, apenas criar uma associação cristã, cujos membros pregassem através da distribuição de folhetos e livros e pela demonstração de benevolência prática para despertar o luteranismo. O “grupo de quatro irmãos” -Johann Andreas Rothe (pastor em Berthelsdorf); Melchior Schäffer (pastor em Görlitz); Friedrich von Watteville (um amigo de infância); e Zinzendorf- estava decidido em provocar o renascimento da religião, e também preservar o calor de sua própria confiança pessoal em Cristo. A sua Casa de Impressão (folhetos) em Ebersdorf (agora em Turíngia) imprimia grandes quantidades de Bíblias, catecismos, hinários e panfletos religiosos de forma barata. Uma tradução francesa de Verdadeiro Cristianismo de Johann Arndt também foi publicado.
Liberdade Religiosa e Discórdia
A aversão ao ortodoxia Luterana seco do período deu Zinzendorf alguma simpatia por aquele lado do racionalismo crescente, que estava atacando dogma, enquanto, ao mesmo tempo, sentia a sua falta de seriedade e de uma verdadeira e profunda compreensão da religião e do cristianismo , e se esforçaram para neutralizar esses defeitos, apontando os homens para o Cristo histórico, e procurando recuperar práticas e espiritualidade da igreja apostólica. Ele começou a pensar que o verdadeiro cristianismo poderia ser melhor promovida por associações livres de cristãos, que no decorrer do tempo pode crescer em igrejas sem conexão estado. Estes pensamentos tomou um rumo prático da sua ligação com os restos da Boémia Irmãos (Unitas Fratrum).
Em 1722, Zinzendorf ofereceu um asilo para um número de andarilhos perseguidos de Moravia e Bohemia (partes da República Checa de hoje), e permitiu-lhes construir a aldeia de Herrnhut em um canto de sua propriedade de Berthelsdorf. A maioria dos refugiados iniciais que vieram a este asilo foram recrutados por Christian David e provinham de áreas onde os grupos protestantes precoces, como a Unitas Fratrum tinha sido dominante antes da Guerra dos Trinta Anos. Conforme a vila cresceu, tornou-se conhecida como um lugar de liberdade religiosa, e atraiu pessoas de uma variedade de grupos perseguidos, incluindo a Schwenkfelders. A concentração de diferentes crenças na aldeia produziu conflito intenso. Diferenças pessoais e religiosas entre o gerente da propriedade Heitz e Johann Andreas Rothe, o pastor luterano de Berthelsdorf, ficaram mais tensas por causa da pregação apocalíptica de Johann Sigismund Krüger.
A aldeia caiu em desordem e conflito grave. Alguns, incluindo o fundador da vila Christian David, foi pego pelo fanatismo apocalíptico, referindo-se a Zinzendorf como a Besta do Apocalipse, e Rothe como o Falso Profeta. Zinzendorf finalmente tomou uma autorização de residência de sua comissão tribunal em Dresden e voltou para sua propriedade para se dedicar em tempo integral à reconciliação do conflito. Ele começou a visitar cada casa para orar, e, finalmente, chamou os homens da aldeia juntos para um intenso estudo das Escrituras. A questão que veio a focar era como as Escrituras descreviam a vida cristã em comunidade. Estes estudos, combinados com intensa oração, convenceram muitos da comunidade que eles foram chamados a viver juntos em amor, e que a desunião e conflitos que tinham experimentado contrariavam ao chamado claro das Escrituras.
Reconciliação e o Acordo fraternal
Fora deste estudo e oração, a comunidade formou um documento conhecido como o Brüderlicher Vertrag, o Acordo fraternal, uma disciplina voluntária da comunidade cristã. Este documento, e um conjunto de regras estabelecidas pela Zinzendorf conhecida como Os senhoriais Injunções, foi assinada pelos membros da comunidade em 12 de Maio de 1727. Este documento, que foi revista ao longo de muitos anos, hoje é conhecido como “O Moravian Pacto de Vida cristã”. A Igreja Morávia é uma das poucas denominações que enfatiza um código de conduta cristã sobre credos específicos.
Continuado o estudo e oração em pequenos grupos conhecidos como banden resultou em um sentido de reconciliação na comunidade, levando a um poderoso renovação espiritual em 13 de agosto de 1727, durante um serviço especial comunhão na Igreja Berthelsdorf. Esta experiência, referido como o “Moravian Pentecostes,” marcou o início de uma nova era de crescimento espiritual em Herrnhut. Ele também iniciou um período de experimentação radical com a vida cristã comum como expresso na teologia Zinzendorf..[4]
Reconexão com a Unitas Fratrum inicial
Como a comunidade renovado de Herrnhut cresceu, Zinzendorf obteve uma cópia do Rácio disciplinae, a ordem da igreja do início do Unity Bohemian. Quando ele começou a estudar a história do Bohemians, ele ficou surpreso ao descobrir semelhanças poderosas entre a teologia ea prática do início Unitas Fratrum e a ordem recém-criada de Herrnhut. Zinzendorf eo Herrnhut é sentida uma forte identificação com os escritos de Moravian Bishop Comenius e incorporou muitas das idéias do início do Unity. No entanto, Zinzendorf viu o novo grupo como uma faísca para a renovação de todas as denominações, não um novo e separado denominação. Este dobrada teológica foi reforçada pela estrutura legal da igreja Estado Luterana.
Nova Ordem Protestante familiar
Nesta comunidade renovada, Zinzendorf foi capaz de organizar o povo em algo como uma milícia Christi, baseado não na monástica, mas sobre a vida familiar. No entanto as suas ideias de família foram centradas não em uma tradicional família nuclear de pais e filhos. Na verdade, ele queria quebrar os laços familiares tradicionais, organizando famílias comuns com base na idade, estado civil e sexo. O banden, ou pequenos grupos, continuou, mas foram organizados em “coros” com base na idade, estado civil e sexo. A teologia de Zinzendorf reconheceu que, em cada fase da vida, tínhamos diferentes necessidades espirituais e uma relação diferente com o Salvador. comunidades da Morávia com base neste modelo, como Bethlehem, Pensilvânia e Salem, Carolina do Norte, foram concebidos com o único propósito de servir a Cristo, que também foi considerado o líder da comunidade. Nessas comunidades, a igualdade radical de vida espiritual foi praticado. Em Belém, nobreza e convertidos nativos americanos compartilhada trimestres comuns; em Salem, os escravos eram membros de pleno direito da Igreja e pode ser eleito para cargos de liderança.
Zinzendorf foi consagrado bispo em Berlim, em 20 de maio de 1737 pelos
O interesse de Zinzendorf no trabalho missionário foi provocada por atender duas crianças Inuit convertidos por missão Hans Egedes na Groenlândia e um escravo liberto, Anthony Ulrich, que disse de opressão terrível entre os escravos nas Índias Ocidentais.
Em 1732, a comunidade começou a enviar missionários entre os escravos nas Índias Ocidentais dinamarquês-governados e os Inuit da Groenlândia. relação pessoal e familiar de Zinzendorf ao tribunal da Dinamarca e ao rei Christian VI facilitado tais esforços. Ele viu com prazer a propagação desta ordem família protestante na Alemanha, Dinamarca, Rússia e Inglaterra.
Em 1736, as acusações de nobres e questões de ortodoxia teológica vizinha causou Zinzendorf a ser exilado de sua casa em Saxony. Ele e um número de seus seguidores se mudou para Marienborn (perto Büdingen) e começou um período de exílio e de viagem, durante a qual ele ficou conhecido como o “Conto do Peregrino”.[5]
O trabalho missionário nas Índias Ocidentais havia sido extremamente controverso na Europa, com muitos acusando Zinzendorf de simplesmente enviando jovens missionários para morrer. Zinzendorf decidiu colocar-se na linha, e em 1739 deixou a Europa para visitar o trabalho da missão em St. Thomas. Convencido de que ele mesmo poderia não voltar, ele pregou o seu “último sermão” e deixou sua vontade com sua esposa. A visita foi um enorme sucesso, no entanto, e permitiu-lhe para libertar alguns dos missionários que tinham sido ilegalmente presos. No entanto, os maus tratos dos missionários pelos gestores de plantações estabeleceu a sua credibilidade com os escravos, e depois da visita de Zinzendorf o trabalho missão era muito mais sucesso.
Em 1741, Zinzendorf visitou Pennsylvania, tornando-se assim um dos poucos nobres europeus do século 18 para realmente colocar os pés nas Américas. Além de líderes que visitam em Filadélfia, como Benjamin Franklin, ele se reuniu com os líderes do Iroquois e, com a ajuda de Conrad Weiser chegaram a acordos para a livre circulação dos missionários da Morávia na área.
Em 1749, Zinzendorf arrendado Lindsey House, uma grande mansão em Cheyne Walk in Chelsea construído na propriedade de Sir Thomas More para ser uma sede para o trabalho na Inglaterra. Ele viveu lá até 1755. colônias Missionaria tinha por esta altura foi resolvida nas Índias Ocidentais (1732), na Groenlândia (1733), entre os índios norte-americanos (1735); e antes da morte de Zinzendorf os irmãos tinha enviado de Herrnhut colônias missionário para Livonia e as costas do norte do mar Báltico, aos escravos da Carolina do Sul, para o Suriname, para os escravos negros em várias partes da América do Sul, a Tranquebar e Ilhas Nicobar nas Índias Orientais, para os coptas no Egito, ao Inuit de Labrador, e para a costa oeste da África do Sul.
Teologia
Zinzendorf foi um teólogo muito eclético. Ele chamou seu grupo a “Igreja de Deus no Espírito” ou “congregação de Deus no Espírito”. A teologia de Zinzendorf é muito relacional e profundamente centrada em Cristo. Ao invés de focar sobre a doutrina ou crença, enfatiza o crescimento da relação espiritual entre o crente e o Salvador. Como refletido nas comunidades que ele estabeleceu, em que acreditava cristãos vidas de amor e harmonia de vida, e acredita que todo cristão necessário para viver em uma comunidade de fé, ou Gemeinde (congregação). Ele ensinou que o Salvador teve um relacionamento com cada crente, mas um nível diferente de relacionamento com o Gemeinde. As decisões sobre a interpretação das Escrituras deviam ser feitas em comunidade, não individualmente. Ele acreditava que era o Gemeinde, não a instituição eclesiástica e política, que foi verdadeiramente a Igreja de Jesus Cristo.
A teologia de Zinzendorf incluídos fortemente a vida emocional do crente, bem como o intelectual. Ele criticou a abordagem intelectual friamente comum no seu dia, e construiu uma grande quantidade de prática em torno da transformação das emoções. Ele se referiu a isso como a “religião do coração.”
O pensamento e prática de Zinzendorf era radicalmente ecumênico em um mundo de fronteiras políticas / religiosas rigidamente definidos. Ele acreditava que cada denominação tinha uma percepção única de Cristo, e um presente original para oferecer ao mundo. Ele conheceu e teve profundas relações pessoais com os líderes religiosos que vão desde o cardeal Louis Antoine de Noailles, o arcebispo católico de Paris para John Potter, o Anglicana (episcopal) Arcebispo de Canterbury, ambos os quais se tornaram membros da Ordem do grão de mostarda de Zinzendorf , comprometendo-se a usar suas posições de poder para servir a Cristo. Outros que eram membros da Ordem incluiu Christian VI, Rei da Dinamarca; General James Oglethorpe, regulador de Geórgia; Tomochichi, chefe da nação Creek dos índios nativos americanos; e Erskine, um membro do Scottish do Parlamento britânico.
Zinzendorf muitas vezes trabalhou para ter denominações trabalhar juntos e respeitar um ao outro. Em 1742 ele defendeu o respeito pela conservação sábado sábado entre os cristãos de língua alemã na Filadélfia citando o uso desse dia pelo Ephrata Cloister, promovendo, assim, a primeira prática de dois dias de fim de semana nos Estados Unidos. Ele também usou domingo para pregar o Evangelho.
Anos de declínio
A comunidade em Herrnhut, a partir do qual quase todas essas colônias tinha sido enviado para fora, não tinha dinheiro próprio, e Zinzendorf tinha fornecido quase exclusivamente as suas despesas. Suas viagens frequentes a partir de casa tornou quase impossível para ele para cuidar de seus assuntos particulares; ele foi obrigado de vez em quando para arrecadar dinheiro através de empréstimos, e cerca de 1750 foi quase reduzido a falência.
Isto levou à criação de um conselho financeira entre os irmãos, em um plano fornecido por um advogado, John Frederick Kober, que funcionou bem. Christian Renatus, que Nicholas tinha a esperança de fazer seu sucessor, morreu em 1752 e a perda foi devastadora para ele. Quatro anos depois, em 17 de junho de 1756 ele perdeu sua esposa Erdmuthe Dorothea, que tinha sido sua conselheira e confidente em toda a sua obra. Em 27 de junho de 1757 Zinzendorf se casou com Anna Caritas Nitschmann (24 de Novembro 1715-21 maio 1760), com quem ele havia estado muito perto por muitos anos. Anna tinha sido durante anos o líder espiritual das mulheres do movimento. O casamento não foi divulgado amplamente desde Anna era um plebeu, e teria sido extremamente controverso. Três anos mais tarde, superado com seus trabalhos, ele adoeceu e morreu em 9 de Maio 1760, deixando Bishop Johannes von Watteville, que se casara com sua filha mais velha Benigna, para tomar o seu lugar à frente da comunidade. Sua esposa, Anna, morreu 12 dias depois.
John Wesley
John Wesley (Epworth, 17 de junho de 1703greg. — Londres, 2 de março de 1791) foi um clérigo anglicano e teólogo arminiano cristão britânico, líder precursor do movimento metodista e, ao lado de William Booth, um dos dois maiores avivacionistas da Grã-Bretanha.
Introdução
John Wesley viveu na Inglaterra no século XVIII, uma sociedade conturbada pela Revolução Industrial, onde crescia muito o número de desempregados. A Inglaterra estava cheia de mendigos itinerantes, políticos corruptos, vícios e violência generalizada. O cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral.
Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo.
Infância
John Wesley, décimo quinto filho do ministro anglicano Samuel, que mostrara ser jacobita ao se negar a reconhecer William de Orange como soberano inglês, e de Susana Wesley, nasceu a 17 de junho de 1703, em Epworth, na Inglaterra.
Devido às atividades pastorais e políticas que impediam o Reverendo Samuel de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos e filhas. Disciplinava-os com rigidez, mantendo um horário para cada atividade e reservando um tempo de encontro com cada filho para conversar, estudar e orar.
O Incêndio ocorrido em sua casa
Ainda na infância, com cinco anos de idade John Wesley foi o último a ser salvo, de forma miraculosa, em um incêndio que destruiu toda sua casa, onde ficara preso no segundo andar. A partir desse dia Susana, sua mãe, dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial. Depois desse acontecimento, John Wesley ficou conhecido como ”um tição tirado do fogo” referindo-se a Zacarias 3: 1-2.
Ainda aos cinco anos de idade, Susana Wesley começou a alfabetizá-lo, usando o livro dos Salmos como apostila.
John estudou com sua mãe até os 11 anos. Entrou, então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos 17 anos, foi para a Universidade de Oxford.
Estudos
John Wesley iniciou seus estudos em Oxford, onde começou a se reunir com um grupo de estudantes para meditação bíblica e oração, sendo conhecidos pelos colegas universitários como “Clube Santo”. Ele não inventou o nome; outros alunos, notando que os membros do grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os tacharam como ‘metodistas‘. Wesley preferia chamá-los simplesmente de ‘Metodistas de Oxford’.
Nesse grupo Wesley e seu irmão Charles iniciaram visitas e evangelismos em presídios. Wesley passou então a se interessar mais pela questão social de seu país e a miséria que a Inglaterra vivia na época.
Assim, graduou-se em Teologia, e pôde ajudar seu pai na direção da Igreja Anglicana.
Essa rotina durou até seus 32 anos, quando com seu irmão Charles atendeu a um apelo: precisava-se de missionários na Virgínia, Nova Inglaterra.
Há uma equivocada história de que o John Wesley havia sido maçom. Houve um homem de nome John Wesley em Downpatrick, Irlanda, que se tornou mestre maçom em 13 de outubro de 1788. Wesley também esteve em Downpatrick algumas vezes, mas não nessa data. Em 13 de outubro de 1788 o diário do reverendo John Wesley registra que ele esteve em Wallingford, proximidade de Londres.
Missão em Virgínia
Um dos episódios que marcou o início do metodismo foi a viagem missionária de Jonh Wesley à Virgínia, para “evangelizar os índios”, sendo praticamente fracassado. Em sua viagem de retorno John Wesley expressa suafr ustração “fui à América evangelizar os índios, mas quem me converterá?”. Durante a travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de crianças e adultos (os
Moravianos) que, durante uma grande tempestade, cantavam e louvavam ao nome do Senhor (Deus). Wesley, vendo a fé destes diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley por ele achar que Deus não poderia justificá-lo mediante seus pecados e por isso constantemente temia a morte desde sua juventude), predispôs-se a seguir a fé evangélica deles. Retornou à Inglaterra em 1738.
Conversão
Após 2 anos, John Wesley voltou desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encontrou-se, então, com Pedro Böhler, em Londres. Böhler era pastor morávio (da Morávia, Alemanha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana. Procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinos de Jesus.
A Experiência do Coração Aquecido
No dia 24 de maio de 1738, durante uma pequena reunião na rua Aldersgate, Londres, enquanto ouvia a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John Wesley passou por uma experiência espiritual extraordinária, sentindo “seu coração se aquecer”. Através desta experiência ele experimentou grande confiança em Cristo e recebeu a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados. Esse episódio é assim narrado em seu diário:
“Cerca das oito e quinze, enquanto ouvia a preleção sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração”.
Nos 50 anos seguintes, Wesley pregou em média de três sermões por dia; a maior parte ao ar livre. Houve uma vez que pregou a cerca de 14.000 pessoas. Milhares saíram da miséria e imoralidade e cantaram a nova fé nas palavras dos hinos de Charles Wesley, irmão de John. Os dois irmãos deram à religião um novo espírito de alegria e piedade.
Igreja
Como não havia muitas oportunidades na Igreja Anglicana, Wesley pregava aos operários em praças e salões – muito embora ele não gostasse de pregar fora da Igreja. E tornou-se conhecidíssima esta sua frase: “o mundo é a minha paróquia”.
Influenciados pelos morávios, John e seu irmão Charles organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, lideradas por leigos, com os objetivos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e classes seria difundido em vários países, especialmente nos Estados Unidos e na Inglaterra e, estaria presente em centenas de sociedades com milhares de integrantes.
Com tanto serviço, Wesley andava por toda a parte a cavalo, conquistando o apelido de ‘O Cavaleiro de Deus’. Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano. John Wesley deixou um legado de 300 pregadores itinerantes e mil pregadores locais.
A Igreja Metodista, como Igreja propriamente, organizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra (somente após a morte de Wesley, no dia 2 de março de 1791).
Membros nos Estados Unidos
- 1771 – 361 membros
- 1780 – 8 500 membros
- 1784 – 15 000 membros
- 1790 – 57 621 membros
- 1800 – 64 894 membros
- 1809 – 163 038 membros
Doutrina
- Wesley ensinava que a conversão a Jesusé comprovada pela prática (testemunho), e não pelas emoções do momento.
- Valorização dos pregadores leigos que participavam lado a lado com os clérigos da Missão de evangelização, assistência e capacitação de outras pessoas.
- Afirmava que o centro da vida cristã está na relação pessoal com Jesus Cristo. É Jesusquem nos salva, nos perdoa, nos transforma e nos oferece a vida abundante de comunhão com Deus.
- Valorizava e recuperava em sua prática a ênfase na ação e na doutrina do Espírito Santo como poder vital para a Igreja.
- Reconhecia a necessidade de se viver o Evangelhocomunitariamente. John Wesley afirmou que “tornar o Evangelho em religião solitária é, na verdade, destruí-lo”.
- Preocupava-se com o ser humano total. Não é só com o bem-estar espiritual, mas também com o bem-estar físico, emocional, material. Por isso devemos cuidar do nosso próximo integralmente, principalmente dos necessitados e marginalizados sociais.
- Podemos afirmar que o bem-estar espiritual é o resultado da paz de Cristo que alcança todas as áreas da vida do cristão. É o resultado do bem-estar físico, emocional, econômico, familiar, comunitário. Tudo está nas mãos de Deus, nele confiamos e Ele é fiel em cuidar de nós. Sua salvação alcança-nos integralmente.
- Enfatizava a paixão pela evangelização. Desejamos e devemos trabalhar com paixão, perseverança e alegria para que o amor e a misericórdia de Deus alcancem homens e mulheres em todos os lugares e épocas.
- Aceitava as doutrinas fundamentais da fé cristã, conforme enunciadas no Credo Apostólico(Cremos na Bíblia, em Deus, em Jesus Cristo, no Espírito Santo, no ser humano, no perdão dos pecados, na vitória por meio da vida disciplinada, na centralização do amor, na segurança e na perfeição cristã, na Igreja, no Reino de Deus, na vida eterna, na segunda vinda de Jesus, na graça de Deus para todos, na possibilidade da queda da graça divina, na oração intercessora, nas missões mundiais, cremos profundamente no Amor de Deus em nossa vida, no amor dos irmãos.), enfatizando o equilíbrio entre os atos de piedade (atos devocionais) e os atos de misericórdia (a prática de amor ao próximo).
Legado
Além de milhares de convertidos e encaminhados para a santificação cristã, houve também obras sociais dignas de destaque, como estas: dinheiro aos pobres que Wesley distribuía, o compêndio de medicina que Wesley escreveu e foi largamente difundido, apoio na reforma educacional, apoio na reforma das prisões, apoio na abolição da escravatura.
Atualmente, o total de membros da comunidade metodista no mundo está estimado em cerca de 75 milhões de pessoas. O maior grupo concentra-se nos Estados Unidos: a Igreja Metodista Unida neste país é a segunda maior denominação protestante.
Hoje, além dos seguidores do Metodismo, a vida de muitos é influenciada pela missão de Wesley. Movimentos posteriores como o Exército de Salvação, o Movimento de Santidade e o Pentecostalismo devem muito a ele. A insistência wesleyana da busca da santificação pessoal e social contribuem significativamente para a ideologia da busca de uma vida e mundo melhor.
Faleceu a 2 de março de 1791, em Londres, Inglaterra. Encontra-se sepultado em Wesleys Chapel, Grande Londres, Londres, Inglaterra.
John Knox
John Knox, em português: João Canox (c. 1514 — 24 de novembro de 1572[1]), foi um ministro, teólogo e escritor escocês que liderou a reforma protestante na Escócia. Ele foi o reformador da Igreja da Escócia, e o fundador do Presbiterianismo. Nascido em Giffordgate, uma rua de Haddington, East Lothian, acredita-se que Knox tenha sido educado na Universidade de St Andrews e trabalhado como tabelião-padre. Influenciado pelos primeiros reformadores da igreja, como George Wishart, ele se juntou ao movimento para reformar a igreja escocesa. Ele foi envolvido pelos eventos eclesiásticos e políticos que envolveram o assassinato do cardeal David Beaton em 1546 e a intervenção da regente Maria de Guise. Ele foi feito prisioneiro pelas forças francesas no ano seguinte e exilado para a Inglaterra quando foi solto em 1549.
Durante o exílio, Knox foi licenciado para trabalhar na Igreja da Inglaterra, onde subiu na hierarquia para servir ao rei Eduardo VI da Inglaterra como capelão real. Ele exerceu uma influência reformadora no texto do Livro de Oração Comum. Na Inglaterra, ele conheceu e se casou com sua primeira esposa, Margery Bowes. Quando Maria I ascendeu ao trono da Inglaterra e restabeleceu o catolicismo romano, Knox foi forçado a renunciar ao cargo e deixar o país. Knox mudou-se para Genebra e depois para Frankfurt. Em Genebra, ele conheceu João Calvino, de quem ganhou experiência e conhecimento da teologia reformada e do governo presbiteriano. Ele criou uma nova ordem de serviço, que foi finalmente adotada pela igreja reformada na Escócia. Ele deixou Genebra para chefiar a igreja de refugiados ingleses em Frankfurt, mas foi forçado a deixar as diferenças sobre a liturgia, encerrando assim sua associação com a Igreja da Inglaterra.
Em seu retorno à Escócia, Knox liderou a Reforma Protestante na Escócia, em parceria com a nobreza protestante escocesa. O movimento pode ser visto por alguns como uma revolução, pois levou à destituição de Maria de Guise, que governava o país em nome de sua jovem filha Maria, Rainha dos Escoceses. Knox ajudou a escrever a nova confissão de fé e a ordem eclesiástica para a igreja reformada, a Kirk. Ele escreveu seus cinco volumes A História da Reforma na Escócia entre 1559 e 1566. Ele continuou a servir como o líder religioso dos protestantes durante o reinado de Maria da Escócia. Em várias entrevistas com a rainha, Knox a advertiu por apoiar as práticas católicas. Depois de ser presa por seu papel no assassinato de seu marido, Lord Darnley, e o rei Jaime VI foi entronizado em seu lugar, Knox pediu abertamente sua execução. Ele continuou a pregar até seus últimos dias.
Conversão ao Protestantismo
Não há registro que Knox tenha professado a fé protestante, mas a tradição presbiteriana acredita que isso aconteceu em 1545, pois antes disso ele já tinha mostrado sinais de simpatia por essas ideias. De acordo com Thomas Guillaume Calderwood, nativo de East Lothian, a Ordem de Blackfriars em 1543, foi a primeira a “dar ao Sr. Knox um cheirinho da verdade”. A sua mudança de opinião original tem sido atribuída ao seu estudo de Agostinho e Jerónimo, na sua juventude, como referido.
Na verdade, dos primeiros 30 anos de sua vida pouco se sabe. Muito influenciado por George Wishart, começou a ser seu seguidor em 1546, ano em que Wishart foi queimado como herege. Este erudito foi provavelmente o instrumento imediato da sua conversão pois havia retornado, após um período de expulsão, em 1544, e morreu no cadafalso, vítima última e ilustre do cardeal Beaton. Entre outros lugares onde pregou as doutrinas reformadoras protestantes, Wishart havia estado em East Lothian em Dezembro de 1545, e aí Knox deve tê-lo conhecido. Pode-se dizer que o entusiasmo quase juvenil de Knox pela doutrina o teria comovido. Knox seguiu-o incansavelmente como guarda-costas, e carregaria uma espada, disposto a usar para defender Wishart dos emissários do cardeal que atentassem contra sua vida. Na noite em que prenderam Wishart, Knox foi impedido de partilhar com ele o cativeiro, e assim, muito provavelmente, o mesmo destino.
A seguinte frase de Wishart a seus amigos é bem conhecida: “Não, regressem para as vossas crianças. Um é suficiente para o sacrifício” ou seja (“Nay, return to your bairns [pupils]. One is sufficient for a sacrifice.”)
No ministério de St. Andrews
O perseguidor de Wishart, o cardeal Beaton, foi assassinado naquele mesmo ano e Knox se uniu aos assassinos no castelo de Santo André, mas foi capturado por franceses e forçado a servir em suas naves de galés. Depois de solto, em 1549, viajou para a Inglaterra protestante. Knox foi chamado pela primeira vez ao ministério de St. Andrews, que durante toda a sua vida estaria ligado intimamente à sua carreira. Parece não ter havido qualquer ordenação regular. Obviamente, já tinha sido ordenado padre da Igreja de Roma.
No continente europeu 1554–1559
Ofereceram-lhe o bispado de Rochester mas declinou, sabendo que o reinado de Eduardo VI seria curto, e haveria uma volta inevitável ao catolicismo com Maria, sua irmã e herdeira. Escapou portanto quando ela subiu ao trono como Maria I Tudor. Outros bispos não tiveram a mesma sorte. Depois de viajar para Dieppe e Frankfurt, mudou-se para Genebra. Ali começou sua admiração pela disciplina e pela teologia de João Calvino. Em 1554, em Genebra, aceitou, em acordo com João Calvino, uma posição na Igreja Anglicana de Frankfurt.
Em 1558, publicou: Summary of the Proposed Second Blast, onde defendeu que o dever dos nobres diante de Deus exigia que eles resistissem a uma soberana que promovesse a idolatria.
Na Escócia
Numa curta viagem à Escócia, em 1555–1556 ajudou a preparar o novo movimento que culminaria na rebelião contra a França e contra Roma. Assim que Elizabeth subiu ao trono inglês, pediu licença para voltar, o que não foi concedido, pois tinha perorado contra todas as mulheres no Governo em seu libelo« First Blast of the Trumpet against the Monstrous Regiment of Women»!
Em 1559 estava de volta, e depois de um sermão que resultou na pilhagem de casas religiosas, atribuiu as desordens à multidão de canalhas, não aos «irmãos». Durante esse ano, entusiasmado, apoiou os «Lords of the Congregation» em sua rebelião contra a Regente Maria de Guise. De agosto de 1559 até morrer, foi o ministro da Alta Igreja de Edimburgo ou Santo Egídio (St. Giles, High Kirk of Edinburgh) tendo importante papel em 1560 na introdução do protestantismo pelo Parlamento reformista. Os manifestos de 1560 têm maior contribuição de Knox do que qualquer outro indivíduo e a Confissão foi muito importante para a nova Igreja em suas declarações sobre a fé. O culto mudou para sempre pela Liturgia de Knox, ou Livro da Ordem Comum (the Book of Common Order) que ordenava serviços religiosos na língua local e colocar a Palavra como ponto central de tudo. Instruções para a comunidade protestante foram dadas no seu Livro de Disciplina (Book of Discipline) que incluía tópicos sobre educação geral, providências para ajudar os pobres, idosos e doentes e mais cooperação entre Igreja e Estado.
1561
Quando a Rainha Maria Stuart retornou à Escócia, teve numerosas entrevistas com ela (apenas registradas por ele) que foram tempestuosas. Knox concordou com o assassinato de Riccio mas quando os assassinos não conseguiram tomar o poder, deixou Edimburgo para Ayrshire e foi passar alguns meses na Inglaterra. Depois que a Rainha foi derrubada, voltou, popular com os regentes do jovem rei Jaime VI, mas os partidários de Maria o obrigaram a retornar a Santo André por algum tempo.
Em sua «History of the Reformation» Knox fornece, historicamente, o sabor de tais tempos, e seus dados biográficos. Era menos sombrio do que é pintado e mais anglófilo, pois sua primeira esposa foi inglesa e seus dois filhos foram enviados à Inglaterra ser ali educados. Exagera sua importância nos acontecimentos da Reforma, pois outras narrações contemporâneas não lhe atribuem grande papel, mas sua «História» é mencionada entre as obras mais importantes sobre a história da Igreja na Escócia.
Falecimento
Faleceu em 24 de novembro de 1572 em Edimburgo. Encontra-se sepultado na Saint Giles Cathedral, Edimburgo na Escócia.[10]
John Owen
John Owen (Stadhampton, 1616 – Ealing, 24 de Agosto de 1683) é, por consenso, o mais bem conceituado teólogo puritano, e muitos o classificariam, ao lado de João Calvino e de Jonathan Edwards, como um dos três maiores teólogos reformados de todos os tempos.
Nascido em 1616, entrou para o Queen’s College, em Oxford, aos 12 anos de idade obtendo o grau de Bacharel em Letras em 1632 e mestrado, também em Letras em 1635 aos 19 anos de idade. Em 1637 tornou-se pastor.
Na década de 1640 foi capelão de Oliver Cromwell e, em 1651, veio a ser deão da Christ Church, a maior faculdade de Oxford. Em 1652, recebeu o cargo adicional de vice-reitor da universidade, a qual passou a reorganizar com sucesso notável.
Depois de 1660, foi líder dos Independentes (mais tarde chamados de congregacionais), até sua morte em 1683.
Biografia
De origem Galesa, Owen nasceu em Stadhampton em Oxfordshire e foi educado no Queen’s College, Oxford. Puritano por criação, Owen deixa Oxford em 1637 por conta dos novos estatutos opressivos de William Laud, e se torna capelão e tutor da família de Sir Robert Dormer e, posteriormente, de Lord Lovelace. Com o advento da Guerra Civil Inglesa, Owen apoiou o parlamento e, por consequência, perdeu suas chances de herdar a herança de seu tio, um Realista Galês. Viveu por um tempo em Charterhouse Yard, atormentado por questões religiosas. Suas dúvidas foram sanadas por um sermão pregado por um desconhecido na igreja de St Mary Aldermanbury, onde ele estava com a intenção de ouvir Edmund Calamy pregar. Sua primeira publicação foi “The Display of Arminianism” (1642), uma acusação ao Arminianismo e defesa apaixonada do Calvinismo (Monergismo), que lhe rendeu a posição de pastor em uma congregação em Fordham, Essex, da qual um “ministro escandaloso” havia sido expulso. Em Fordham ele se manteve dedicado ao trabalho paroquial, tendo escrito apenas The Duty of Pastors and People Distinguished (“O dever distinto dos Pastores e das pessoas”, em tradução livre) até 1646.
Legado escrito
Apesar de suas outras realizações, Owen é mais famoso por seus escritos. Estes abrangem a gama de assuntos doutrinários, eclesiásticos e práticas. Eles são caracterizados pela profundidade, rigor e, conseqüentemente, de autoridade. Andrew Thomson disse que Owen “faz você sentir que quando ele chega ao fim de seu tema, ele também o esgotou”.
Em tempos de Avivamento Deus levanta homens santos. John Owen foi usado poderosamente por Deus para marcar a sua geração e estabelecer marcos para o Avivamento, que desencadeou um movimento extraordinário de paixão para “presença”, inigualável. Ele está entre os escritores mais importantes do século XVII. É reconhecido como um poderoso pregador e um homem apaixonado pela “Presença”.
A paixão de Owen não era o desempenho público, e sim santidade pessoal. Ele era incendiado pelo fogo da santidade . Ele escreveu:” O desejo do meu coração para com Deus é o principal objetivo de minha vida. Que a asantidadde universal seja promovida em meu próprio coração, bem comono coração e no viver de outros”.
John Owen dizia que: “Aquele que está mais presente no púlpito diante do povo do que em seu quarto de oração, em favor dele, não passa de um sentinela”.
George Whitefield
George Whitefield, (16 de dezembro de 1714 - 30 de setembro de 1770) foi um pastor anglicano itinerante, que ajudou a espalhar o Grande Despertar na Grã-Bretanha e, principalmente, nas colônias britânicas norte-americanas. Seu ministério teve enorme impacto sobre a ideologia americana.
Conhecido como o "príncipe dos pregadores ao ar livre", foi o evangelista mais conhecido do século XVIII. Pregou durante 35 anos na Inglaterra e nos Estados Unidos, quebrou as tradições estabelecidas a respeito da pregação e abriu o caminho para a evangelização de massa. Enquanto jovem sua sede de Deus o tornou consciente de que o Senhor tinha um plano para sua vida. Para preparar-se, jejuava e orava regularmente, e muitas vezes ia ao culto duas vezes por dia. Na Universidade de Oxford (Inglaterra) cooperou com os irmãos João e Charles Wesley, participando com eles no "Clube Santo".
História
George Whitefield era o filho de uma viúva que mantinha uma pousada em Gloucester, Inglaterra. Em uma idade precoce, ele descobriu que ele tinha uma paixão e talento para atuar no teatro, uma paixão que ele continuou através da re-encenações teatrais muito das histórias da Bíblia que ele disse durante seus sermões. Ele foi educado na A Escola de Crypt, Gloucester, e Pembroke College, Oxford. Whitefield, porque veio de uma família pobre, ele não tem os meios para pagar a sua taxa de matrícula. Ele então entrou em Oxford como um servo, o menor grau de estudantes de Oxford. Em troca de ensino gratuito, foi designado como um servo de um maior número de estudantes classificados. Seus deveres incluiriam acordá-los na parte da manhã, polir os seus sapatos, carregando seus livros e até mesmo fazer o seu curso. Foi uma parte do "Clube Santo" na Universidade de Oxford com os irmãos Wesley, João e Charles.
Isso porém não o impedia de sentir-se cada vez mais distante de Deus até sua conversão, em 1735. Nas suas próprias palavras, foi como se um "fardo pesado" tivesse sido removido. Fez seu primeiro sermão na igreja em que havia sido batizado. Seu fervor era evidente; alguns zombavam, mas outros ficavam impressionados - houve a queixa de que quinze de seus ouvintes "enlouqueceram" (se converteram)! Após isso pregou a mensagem do novo nascimento e da justificação pela fé para grandes multidões em Londres, mas outros começaram a recusar-lhe o púlpito, e a se lhe opor fortemente.
Na véspera da sua separação para o ministério, passou o dia em jejum e oração. Após ser ordenado diácono e receber sua graduação, partiu para a Georgia, Estados Unidos, a convite de John Wesley, onde ajudou a fundar um orfanato. Voltou à Inglaterra três meses depois para receber o sacerdócio, na sua Igreja Anglicana. Ao perceber que muitos púlpitos ainda lhe estavam fechados, quebrou a tradição e passou a pregar ao ar livre. Afirma-se que quase nunca pregava sem chorar, e que costumava ler a Bíblia de joelhos. Tendo consagrado a vida a Cristo, orava freqüentemente. A freqüência de ouvintes tornara-se tão numerosa que impressionara John Wesley, que concordou em utilizar o mesmo método de pregação ao ar livre. Quando retornou novamente ao serviço missionário na América, em 1739, começou um período de atividades como ministro congregacional. Jonathan Edwards realizou durante mais de um mês uma série de pregações pela Nova Inglaterra, falando a multidões de até oito mil pessoas quase todos os dias. Essa atividade missionária foi provavelmente o evento que desencadeou o movimento de reavivamento conhecido como o Grande Despertamento. Seu trabalho também lançou o alicerce para a fundação de aproximadamente 50 faculdades e universidades americanas, incluindo a Universidade de Princeton e a da Pennsylvania. Whitefield tornou-se o foco do reavivamento na América, visitando-a sete vezes, mas seu trabalho no Velho Mundo era também bastante vigoroso: em certa ocasião, na Escócia, pregou a 100 000 ouvintes, e 10 000 responderam.
Firme defensor do Calvinismo, rompeu com o arminianismo de John Wesley em 1741, mas continuaram amigos. Com isso, passou a ser conhecido como o líder dos Metodistas Calvinistas. Whitefield continuou a pregar extensivamente nos Estados Unidos e por toda a Grã-Bretanha e Irlanda: crê-se que pregou mais de 18 000 sermões. Whitefield morreu na América, em 1770, da forma que desejara: no meio de uma série de pregações. No seu funeral, John Wesley o homenageou como um grande homem de Deus.